quinta-feira , 18 abril 2024
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A guerra no PMDB continua. Iris reafirma divergências com Friboi em convenção do PMDB de Goiânia

Veja matéria do jornal O Hoje:

 

Iris diverge de Friboi sobre data de escolha

Enquanto empresário insiste em antecipar nome do PMDB para a disputa ao governo, Iris prefere deixar definição para junho

domingo, 15 de setembro de 2013 

Venceslau Pimentel

 

O ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) deixou claras as divergências com o empresário e pré-candidato do partido a governador, José Batista Júnior, o Júnior do Friboi, sobre a data da definição do nome do representante peemedebista nas eleições de 2014.

Enquanto Friboi insiste em antecipar a escolha para novembro, Iris considera que a definição deverá ser feita na convenção de junho do ano que vem. “Nós temos os pré-candidatos e cada um vai desenvolver o seu projetinho de pré-candidato, e no ano que vem o partido vai escolher, conforme determina a lei”, disse o ex-prefeito ontem em entrevista ao chegar ao diretório metropolitano para a escolha da nova direção.

Para ele, até a convenção o partido terá condições adequadas de escolha do melhor nome para representá-lo na disputa estadual. Mais do que definir o nome agora, o líder peemedebista diz que o momento é de reestruturar o PMDB. “O partido precisa entender que a eleição, a campanha é no próximo ano, e precisa entender que o partido precisa se preparar para disputar a eleição”.

Iris avalia que o partido deve responder à pergunta sobre os motivos pelos quais não lançou candidato a prefeito em 150 dos 246 municípios, no pleito de 2012. “Nós temos que ir pesquisar o porquê que isso aconteceu e fazer com que os diretórios municipais estejam devidamente estruturados para o embate do ano que vem”, afirmou.

Só após essa radiografia é que o ex-prefeito defende a escolha do governadoriável, dentre aqueles postulantes que mais impressionarem os filiados. “O nome que mais impressionar o partido será escolhido e, ao final, terá o apoio de todo o partido”.

Indagado se enfrentaria Friboi numa prévia, a princípio disse que não, e explicou o motivo. “Eu espero que o sentimento (de unidade) venha a prevalecer no decorrer desse período, até a convenção estadual no próximo ano que vai escolher os nossos candidatos”, ponderou.

Apesar de as divergências serem evidentes, Iris tentou minimizá-las. “Não é divergência, não, é o exercício democrático. Gostaria que não tivéssemos três, quatro, mas dez, 15 pré-candidatos ao governo. Isso é democracia”, alegou.

Em maio passado, quando Friboi se filiou ao partido, Iris Rezende não compareceu ao ato, realizado na Assembleia Legislativa, situada a poucos metros de seu apartamento, no Setor Oeste, em Goiânia. Mesmo tendo abonado a ficha de filiação do empresário, Iris disse publicamente, semanas depois, que não apadrinharia a candidatura dele, para depois não ser culpado por uma eventual desistência no futuro.