sexta-feira , 19 abril 2024
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O Popular faz cobertura amena da Operação Miqueias e livra a cara do “lobista” Samuel Belchior

Depois de mais de uma semana de deflagrada a Operação Miqueias, em que a Polícia Federal desbaratou um esquema de desvio de recursos de fundos de pensão municipais, O Popular continua tratando o assunto como material de segunda classe.

O principal envolvido é o deputado estadual Samuel Belchior, presidente regional do PMDB e até então tido até como alternativa da oposição para disputar o Governo do Estado em 2014.

Nesta quinta-feira, O Popular chega ao exagero de dizer que “a Polícia Federal descarta o indiciamento do deputado” – informação incorreta e, porque não dizer?, absolutamente falsa.

Para a Polícia Federal, em relatório redigido com a maior clareza possível, Samuel Belchior é “membro da estrutura da organização criminal”, exerce a função de “lobista e intermediário entre a quadrilha e os políticos do seu Estado” e “cometeu os crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência”.

Para O Popular, nada disso aconteceu.

Há detalhes que agravam o envolvimento do deputado com a quadrilha. O pai de Samuel, Lauro Belchior, foi presidente do fundo de pensão da Prefeitura de Goiânia e lá deixou pelo menos uma aplicação, vultosa, em um dos fundos podres citados na Operação Miqueias.

Mais: duas prefeituras de grande porte, ambas controladas pelo PMDB, Catalão, com o prefeito Velomar Rios, e Aparecida de Goiânia, com o prefeito Maguito Vilela, fizeram aplicações de monta em fundos que, à época do investimento, já estavam registrando perdas ostensivas, conforme relatório da Comissão de Valores Mobiliários, citado no inquérito da Operação Miquéias.

Quem lê só O Popular não sabe que isso aconteceu. Também não sabe que Samuel chamava a operadora da quadrilha, Luciana Hoepers, de “Lu” e de “chefa”, declarando, de própria voz, que “estou trabalhando duro proceis”.

E não sabe também que a Polícia Federal pediu ao Poder Judiciário a prisão temporária do deputado (mas o desembargador federal que despacha o processo negou, ressalvando que via, sim, indícios de conduta criminosa nele e por isso autorizou que a sua residência fosse vasculhada pela PF e que ele fosse conduzido coercitivamente para depor).

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