quinta-feira , 28 março 2024
Goiânia

Há quase 30 anos, PMDB e PT se revezam na administração de Goiânia. Veja o resultado: é só crise

Goiânia celebra 80 anos nos próximos dias vivendo uma série de crises, que vão do transporte coletivo até a saúde pública, passando pela educação, pelas finanças e até pela ética. , política e financeira.

Em nenhum momento da história (basta buscar nos livros), a cidade enfrentou tantos problemas e a culpa em sua maioria é do poder público municipal.

PMDB e PT, juntos, governam Goiânia há quase três décadas. É o grupo que há mais tempo se reveza na administração.

O Goiás 24Horas, infelizmente, faz um rápido retrospecto da crise da cidade nos últimos meses. Poderia ser uma lista de glórias. Mas vamos lá…

1- A crise das luzes de Natal

A Prefeitura de Goiânia alegou falta de recursos para gastar com luzes de Natal no final de 2012. Também pudera! Teve campanha eleitoral e o prefeito Paulo Garcia teve que gastar muito para conseguir seu intento. Entidades como a Fecomércio e Fieg alegaram que a desídia da Prefeitura seria – e foi – fatal para as vendas da época.

2 – Supersalários da Prefeitura

Do nada, surgiram na Prefeitura de Goiânia servidores recebendo até R$ 80 mil – salários acima do teto constitucional. A Comurg era o nicho dos servidores milionários. Pegou mal e a história circulou pelo país.

3 – Crise do Plano Diretor

Paulo Garcia atropelou a sociedade civil organizada (OAB, UFG, DCE e Conselho de Arquitetura e Urbanismo) e Ministério Público para impor, na força, o Plano Diretor com inúmeras modificações. Resumo da ópera: a sociedade ficou contra a ganância dos gestores (que visava atender aos grandes grupos econômicos) e a Justiça impediu a aplicação do Plano e multou o prefeito em quase R$ 400 mil reais.

4 – A crise da saúde

Em 11 de junho, Goiânia virou ‘meme’ ou viral nas redes sociais e na grande mídia. Motivo: mãe deu à luz em uma maternidade ‘modelo da Prefeitura’. Normal? Não, o bebê nasceu sozinho com a mãe, caindo na recepção, sem qualquer atendimento. Os médicos da Prefeitura não atenderam a paciente. Na recepção da Maternidade Nascer Cidadão, são comuns situações como essa. E as imagens de Goiânia pelo mundo? Bom, imagens gravadas por celular mostram o momento em que a mulher deu à luz, sem ajuda médica, na recepção da maternidade, com o bebê caindo ao chão logo ao nascer. Sofia, como foi registrada, tadinha, nasceu caindo. Existe a estimativa de que uma pessoa vem à óbito por semana no Sistema Único de Saúde goianiense.

5 – A crise do transporte público

Não custa nada lembrar: as manifestações que se espalharam pelo Brasil em junho começaram antes em Goiânia. Revoltados com o transporte público, em 28 de maio, um grupo ateou fogoa vários ônibus, se atracou com a PM e se confrontou com barricadas em plena Praça da Bíblia. Resultado: protestos por todo país. Paulo Garcia, antes, dizia que não iria diminuir preço de passagem coisíssima nenhuma. Hoje, a situação se agravou. A Prefeitura sofre pressão das empresas, concedeu Passe Livre Universal e alega falta de dinheiro. Enfim, o caos…

6 – A crise política

A gestão petista perdeu seu melhor vereador e mais articulado: Djalma Araújo (que foi para o Solidariedade). A sigla perdeu um bom vereador e conselheiro, que entende as dinâmicas da Câmara dos Vereadores. Sem dúvidas, um Djalma valia por duas ‘Célias’ Valadão (mas só tem uma, graças a Deus), um irmão do Delúbio Soares e um protegido pelo Padre Robson (Tayrone, batizado pelos professores de “Trayrone”) juntos.

7 – A crise com a Justiça

Iris Rezende, Paulo Garcia, Neyde Aparecida, Wagner Siqueira, Luciano Castro, Samuel Belchior, enfim, toda a cúpula que foi ou é administração de Goiânia está envolvida com esquemas, investigações ou condenações. O caos jurídico afeta o sistema nervoso da Prefeitura, pois haja advogado para defender tanta gente. É audiência que não acaba mais.

8 – A crise da educação

Bom, essa está nos noticiários. O Brasil inteiro acompanha o amotinamento dos professores. E Paulo Garcia se nega a negociar com cerca de 2 mil professores. Milhares de crianças estão sem aula na Capital.

9 – Falta de dinheiro

Paulo Garcia diz que a Prefeitura, em vez de mostrar dinheiro em caixa, tem um milionário déficit. Isso mesmo: 280 milhões é o rombo do caixa da Prefeitura. Culpa de quem? Do ex-prefeito Iris Rezende? De Paulo Garcia mesmo? De quem, afinal?

10 – A crise com os setores econômicos

As gracinhas da Prefeitura de Goiânia na T-63, com seus corredores exclusivos e aplicação de multas, tem gerado quebradeira nos comerciantes da avenida comercial mais rentável da Capital. O corredor exclusivo, segundo a Prefeitura, tem como objetivo priorizar o transporte coletivo, aumentando a velocidade dos ônibus na avenida, que tem 5,7 km de extensão. Bom, na avenida Goiás, que é uma imensa rota de ônibus, a Prefeitura não faz nada disso. Filiados ao Sindilojas teriam orientado seus parceiros a nunca mais votar em Paulo Garcia.

11 – A crise do IPTU

A Prefeitura de Goiânia surgiu com a ideia mirabolante de atualizar a Planta de Valores, e assim aumentar em até 100% o IPTU. O objetivo é aumentar a arrecadação em 25%. Imagina a cara do povo na hora em que a fatura chegar.

 

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