quinta-feira , 25 abril 2024
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Fim do acordo com o PT: erro do PMDB e de Iris foi confiar em Paulo Garcia, um incompetente para a gestão e para a política

O lançamento da candidatura de Antônio Gomide, pelo PT, enfraqueceu o projeto do PMDB de retornar ao poder após 16 anos de derrotas consecutivas para o grupo do governador Marconi Perillo.

Nunca houve um acordo explícito, mas o “acerto” era claro: Iris Rezende deu um mandato tampão para o seu vice Paulo Garcia e depois, na reeleição de Paulo, não permitiu que o PMDB lançasse um candidato a prefeito – o que garantiu mais um mandato para o petista. Em retribuição, o PT deveria, em 2014, apoiar Iris para o Governo do Estado. Como se sabe, isso não não chegou a ser documentado, mas sem dúvida nenhuma estava implícito com muita força entre os dois partidos.

Pois é: o deputado Rubens Otoni, que nunca gostou de Iris, e o seu irmão Antônio Gomide dinamitaram o”ajuste” com o PMDB e, mostrando total controle do PT, colocaram a candidatura própria nas ruas – em um golpe que no final das contas pode se mostrar mortal para os peemedebistas e selar a quinta derrota do partido em Goiás.

Onde as coisas deram errado para Iris e para o PMDB? A resposta é fácil: o ponto fraco estava no nome que simbolizou o apoio do PMDB ao PT – Paulo Garcia, disparadamente o maior beneficiário do “acordo”, um ex-deputado derrotado nas urnas que jamais chegaria ao segundo cargo mais importante do Estado a não ser por um “presente dos céus” – exatamente o que houve.. Seria ele o garantidor que, no momento certo, levaria os petistas a resgatar a dívida com Iris e o PMDB, devolvendo o apoio nas eleições de 2014.

Mas, péssimo administrador, Paulo é ainda mais frágil no campo político. E, sendo um zero à esquerda dentro do seu próprio partido, não teve a menor condição de influenciar a decisão que levou ao lançamento de Antônio Gomide. Sua atuação foi um vexame e no final ele foi obrigado a ir até a pré-convenção do PT para posar de braços levantados com Antônio Gomide.

Iris e o PMDB ficaram nas mãos da incompetência de Paulo Garcia – para administrar e para fazer política e pagaram caro por isso. Iris, com o enfraquecimento da sua candidatura diante da postulação do bilionário Júnior Friboi (o seu trunfo era o apoio do PT, que evaporou). E o PMDB, principalmente com a perda do tempo de televisão no horário eleitoral (mais de 4 minutos foram embora com o PT)