sexta-feira , 19 abril 2024
EleiçõesGoiás

Grupo que queria renovação do PMDB estava certo: com Iris, campanha é mambembe e o clima é de derrota antecipada

O grupo majoritário do PMDB liderado pelos deputados federais Leandro Vilela e Pedro Chaves, que defendia a renovação do partido e o lançamento de uma candidatura nova, no caso a do empresário Júnior Friboi, foi derrotado com a imposição do nome de Iris Rezende, mas… estava certo.

Tudo o que o grupo friboizista dizia que aconteceria, com a repetição pela quinta vez da candidatura de Iris ao Governo do Estado, está acontecendo.

A campanha de Iris é uma não-campanha. Falta estrutura, falta material gráfico, falta capacidade de mobilização para produzir eventos de massa. O comitê aberto na avenida 85, em frente ao campo do Goiás, há quase um mês, continua às moscas. Iris também não consegue manter um ritmo diário de campanha, embora seus marqueteiros tenham produzido peças publicitárias, para a internet, mostrando o velho cacique peemedebista praticando exercícios físicos.

O pior de tudo: Iris está em segundo lugar nas pesquisas, vendo crescer a distância que o separa do governador Marconi Perillo. Hoje, os números de Marconi correspondem a uma vantagem de 500 a 600 mil votos sobre o peemedebista, dependendo do instituto. E o mais grave é que, em Goiânia, a única região do Estado onde Iris liderava, a diferença caiu para a metade, assim como diminuiu a rejeição ao governador, que hoje está nos calcanhares de Iris na capital.

Iris também não conseguiu alianças expressivas e ficou com pouco mais de 4 minutos no horário gratuito da televisão. Na sociedade, não há apoios de peso e ele segue isolado e sozinho, com uma agenda de campanha digna de candidato a deputado, no máximo.

Último ponto: segundo todos os cientistas políticos que vêm sendo ouvidos pelo Diário da Manhã, para analisar a campanha, Iris está desenvolvendo um discurso equivocado, voltado para a antiguidade política e administrativa de Goiás, sem propostas consistentes e muita agressividade. Ele já disse (em nota na coluna Giro, de O Popular) que não segue a orientação dos seus marqueteiros, o que significa que faz campanha intuitivamente – no mundo moderno, o caminho mais curto para a derrota.

Em resumo, a turma friboizista estava certo. A eleição caminha para confirmar Iris como um dos maiores perdedores da história de Goiás.

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