A entrevista de quase uma página que o prefeito Paulo Garcia deu ao jornal O Popular, o mais importante do Estado, nesta sexta-feira, é uma das maiores humilhações que um político já passou em Goiás.
Para começar, o tema da entrevista já era espinhoso: a rejeição recorde que oi prefeito tem em Goiânia, onde, segundo o instituto Serpes, em pesquisa que foi manchete de O Popular, Paulo Garcia tem reprovação de 55% para a sua gestão .
A repórter Malu Longo foi implacável e fez uma série de perguntas ao prefeito que servem de modelo para o jornalismo inteligente e crítico, além de fiel aos fatos e profundamente jornalísticas (aprende, Fabiana Pulcineli!!!).
Os argumentos de Paulo Garcia para justificar o fracasso da sua administração são uma piada. Ele não tem culpa de nada e atribui todos os problemas da prefeitura aos últimos 80 anos, ou seja, a tudo que foi feito desde que a capital foi fundada.
É um vexame sem precedentes. Nunca uma autoridade do peso de um prefeito de Goiânia foi tão massacrado. Sem conseguir explicar o caos que tomou conta da Prefeitura, Paulo Garcia continua prometendo melhorar e jurando que vai terminar o seu mandato bem avaliado – ao que a repórter Malu Longo fulmina: “Mas em junho o senhor disse que poderia melhorar sua avaliação porque, com a entrada do momento eleitoral, sairia do foco. Mas isso não aconteceu”, diz a jornalista.
E o Paulo, coitado: “Não é rejeição, é não-aprovação”.
É de dar dó.
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