Em todas as pesquisas de institutos de credibilidade publicadas neste ano, em Goiás, o governador Marconi Perillo apareceu em primeiro lugar, com uma vantagem que foi crescendo até chegar aos 11 a 12 pontos que o Serpes, o Ibope, o Veritá, o Grupom e o Fortiori estão dando a ele hoje.
Mesmo assim, a repórter política de O Popular, Fabiana Pulcineli, que publica um artigo todas as segundas-feiras, nunca admitiu que o governador é o primeiro colocado. De janeiro a agosto são oito meses de matérias no mais importante jornal do Estado, mas ela sempre prefere analisar o potencial de crescimento dos candidatos de oposição (que, até agora, não apareceu) e as taxas de rejeição, que, no caso de Marconi, caíram espetacularmente, enquanto a aprovação ao seu Governo subiu – detalhes que, embora importantes, Fabiana ainda não abordou.
Ou seja: Marconi, de janeiro até aqui, é o 1º colocado em todas as pesquisas sérias e todo mundo sabe disso, menos… quem só lê a coluna de Fabiana.
Mas, nesta segunda-feira, ela dá o braço a torcer. “O governador Marconi Perillo se mantém estável nas pesquisas, levando em conta os números do Serpes, que apontam vantagem de 11 pontos do tucano”, engole a jornalista, em um curto trecho do seu texto, aliás equivocado: ela atribui o fato de Marconi se manter “estável nas pesquisas” aos erros que a oposição vem cometendo nos seus programas do horário eleitoral, que, na verdade, apenas começou, sem tempo para provocar qualquer repercussão na campanha, se é que provocará (e lembrando que todas as pesquisas foram feitas antes do início do horário eleitoral).
A menos de 50 dias para a data das eleições, Fabiana Pulcineli já reconhece que Marconi está bem, mas como sempre sem citar expressamente que ele é o 1º colocado nas pesquisas. Isso significa que, se algum leitor de O Popular se informa sobre as eleições somente pela coluna da jornalista, agora é estaria descobrindo que o governador pode ser reeleito – mas não saberia que ele detém o 1º lugar nas pesquisas.
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