terça-feira , 23 abril 2024
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As perguntas que Caio Salgado e Fabiana Pulcineli não fizeram na sabatina oba-oba com Vanderlan

Os jornalistas da Rede Globo, em especial os apresentadores do Jornal Nacional e do Jornal da Globo, estão dando ao país uma lição de jornalismo nas entrevistas com os candidatos a presidente – que não são poupados de perguntas diretas e objetivas sobre situações constrangedoras em que cada um está envolvido.

Em Goiás, ocorre exatamente o contrário: O Popular, o maior e mais importante jornal do Estado, está fazendo “sabatinas” com os candidatos a governador que mais parecem um batepapo amigável e cordial, sem nenhum questionamento sobre o que realmente precisa ser explicado pelos interessados em governar Goiás.

Assim, por exemplo, foi a entrevista que os repórter Caio Salgado e Fabiana Pulcineli fizeram com o empresário Vanderlan Cardoso, cujo resumo está publicado na edição desta quarta-feira de O Popular.

Ao contrário da sabatina com o candidato do PT, Antônio Gomide, em que os dois repórteres falharam por não cobrar as respostas às perguntas até razoáveis que foram feitas, permitindo ao petista tergiversar como quis, com Vanderlan o que faltou foram indagações sobre assuntos que precisam ser esclarecidos pelo milionário .

Veja a seguir algumas perguntas pertinentes que não foram feitas por Caio Salgado e Fabiana Pulcineli a Vanderlan Cardoso:

1 – O sr. fala em transparência. Mas, como prefeito de Senador Canedo, o sr. fez uma doação de R$ 550 mil reais a um time de futebol que a Justiça considerou “imoral, ilegal e lesiva aos cofres do município”. O sr., inclusive, foi condenado por improbidade administrativa e está aguardando julgamento de recurso no Tribunal de Justiça. A transparência vale só para os outros?

2 – O sr. diz que o Governo do Estado tem funcionários que nem sabem onde estão lotados. Mas o sr. e sua mulher, Izaura Cardoso, respondem a processo do Ministério Público por ter usado funcionários da Prefeitura de Senador Canedo para fins particulares. De novo: os seus critérios de moralidade e legalidade no serviço público valem só para os outros?

3 – O sr. postou nas redes sociais elogios que teriam sido feitos por Marina Silva, mas logo em seguida ela desmentiu e disse que nunca fez esses elogios. O sr., como empresário e proprietário rural, não representa justamente o tipo de segmento social que não combina com a pregação política de Marina Silva?

4 – Em poucos anos, o sr. passou por vários partidos políticos e agora veio parar em uma legenda suposta socialista. Isso não mostra oportunismo político? Que candidato a presidente o sr.l apoiou em 2010?

5 – O sr. considera correto comprar seguidores para dar a impressão de que as suas redes sociais são bem acompanhadas e aceitas?

6 – O sr. não conseguiu partidos para formar uma coligação de peso, não tem apoios políticos expressivos, não conseguiu promover nenhum evento de forte mobilização popular e não tem tempo de televisão, dando a impressão de que o seu projeto de ser governador de Goiás é meramente pessoal. Que setores da sociedade o sr. representa?

7 – O sr. foi à Fieg conversar com os seus colegas empresários e lá foi cobrado pela sua omissão nas lutas pelo desenvolvimento de Goiás. Por que o sr. nunca esteve presente no movimento empresarial em Goiás?

8 – Os maiores investimentos empresariais do sr., hoje, estão fora de Goiás. Não é contraditório querer governar um Estado e investir seus recursos em outros?

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