quinta-feira , 18 abril 2024
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O blog que incomoda: Goiás 24 Horas foi o único veículo de comunicação que conseguiu “participar” do debate promovido por O Popular

O Goiás 24 Horas conseguiu mais uma façanha: foi o único veículo de comunicação que, em mais de hora e meia de debate entre os 4 principais candidatos promovido pelo jornal O Popular, “participou” do debate.

A “citação” ao blog aconteceu logo no início do debate, na pergunta formulada pelo repórter Caio Salgado, um dos representantes do Grupo Jaime Câmara, ao governador Marconi Perillo.

Para não dar o braço a torcer, Caio não mencionou especificamente o nome do Goiás 24 Horas, mas perguntou ao governador sobre a intenção frequentemente manifestada de fazer campanha propositiva, enquanto existiriam assessores e funcionários do governo que atuam em sites e nas redes sociais contra adversários e jornalistas, algumas vezes em horário de trabalho.

A pergunta de Caio corresponde a uma visão recorrente na equipe de O Popular e já manifestada com ênfase, por exemplo, nas redes sociais e no blog da jornalista Fabiana Pulcineli, que se sente injustiçada pelas eventuais críticas publicadas sobre o seu trabalho jornalístico e habitualmente condena a linha editorial do Goiás 24 Horas.

Vale lembrar que mais de uma dezena de ações, propostas por PMDB, PT e PSB, já tentou na Justiça estabelecer vínculos entre o Goiás 24 Horas e o Governo do Estado. Nenhuma foi bem sucedida. A Justiça também, em mais de uma sentença, reconheceu que o blog não é apócrifo e e nunca extrapolou o seu direito à liberdade de expressão.

A resposta do governador à pergunta de Caio Salgado foi sutil e talvez a melhor que ele deu no debate, embora o tema possa ser classificado como “menor” (e uma infantilidade de quem gastou uma pergunta com uma bobagem que tem muito mais a ver com dor de cotovelo de jornalistas do que com a questão eleitoral em Goiás). Para Marconi, ninguém no Governo tem como missão de trabalho “atacar ou criticar jornalistas”. Se há alguém fazendo isso em horário de trabalho, basta que seja apontado aos órgãos de fiscalização e controle do Estado, para que seja punido. Mas – e esse foi o grande ponto da resposta – é preciso lembrar que “a liberdade de imprensa vale para todos, não é só para jornalista, não é só para adversário. Ela vale para que também seja feita a defesa em relação ao trabalho que nós realizamos”, disse Marconi. Melhor, impossível.

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