quinta-feira , 18 abril 2024
EleiçõesGoiás

Candidatura de Gomide foi um avião que parecia pronto para decolar, mas estacionou na cabeceira da pista e dali não saiu mais

O maior fiasco desta eleição, dentre todos os candidatos que representam partidos importantes nos Estados brasileiros, é o goiano Antônio Gomide.

Gomide lançou-se pelo PT, depois de renunciar a 2 anos e 7 meses de mandato como prefeito de Anápolis. Fez um estardalhaço, definindo a si próprio como o “novo” na eleição. Parecia um avião, bem equipado, zero quilômetro, pronto para decolar.

Mas aí começaram as decepções. Primeiro, não arrumou nenhum partido para montar uma coligação. Ficou sozinho. Seus companheiros de chapa – Tayrone di Martino vice e Marina Sant’Anna senadora – não eram assim uma Brastemp. A chapa de deputados estaduais e federais ficou fraca.

Gomide anunciou então que sairia em visita aos municípios e, logo logo, seu nome estaria crescendo. Visitou exatamente 182 cidades e nada. Os seus índices, pífios, teimavam em não se mexer.

“Com o início da campanha de televisão, nosso nome ficará conhecido e vamos deslanchar nas pesquisas”, anunciou Gomide, imaginando que, com os seus programas no ar, alcançaria 15% ainda em agosto.

Nada. Os programas de televisão vieram e se foram. Em vez de subir, Gomide caiu. Hoje, está entre 4% e 7%, dependendo do instituto de pesquisa. É um fiasco sem precedentes em Goiás e talvez no Brasil, já que é candidato do PT, o partido que tem a presidente da República e os prefeitos dos dois maiores colégios eleitorais do Estado, Goiânia e
Anápolis.

A fraqueza da candidatura se tornou notória. Desesperado, Gomide passou a atacar o governador Marconi Perillo com expressões até desrespeitosas. Aí, afundou para valer. O vice Tairone caiu fora.

Em O Popular, nesta sexta, o cientista político e professor da Faculdade de Ciências Sociais da UFG, Pedro Célio Alves Borges, diz que a candidatura de Gomide foi um gesto de imprudência que vai comprometer não só o futuro do candidato, mas também do próprio partido, em Goiás.

“Apostando no vôo solo, o PT sofre de cara a perda da impulsão garantida para o futuro, que tinha em Anápolis”, afirma o professor.

É um fiasco que vai custar caro. Para o PT e para o presunçoso Gomide.

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