quinta-feira , 28 março 2024
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Fabiana Pulcineli induziu Vanderlan a dar declaração sugerindo que incorporação das suas ideias às propostas de Marconi deveria ser feita via Braga

A resposta mal educada do empresário Vanderlan Cardoso à declaração do governador Marconi Perillo, que admitiu a hipótese de aproveitar propostas de Vanderlan no seu plano de Governo, não foi espontânea e sim induzida pela jornalista Fabiana Pulcineli.

Foi Fabiana quem informou Vanderlan de que Marconi havia manifestado a intenção de procurar o candidato derrotado no 1º turno para pedir a “liberação” de algumas das suas propostas para incorporação no plano de Governo do tucano. A primeira reação de Vanderlan foi considerar que isso demonstrava que ele havia apresentado bons projetos e que o tucano poderia, sim, absorver as suas propostas, já que o maior beneficiário seria o povo goiano, no entendimento dele, Vanderlan.

Uma testemunha relata que Fabiana Pulcineli disse a Vanderlan que a resposta dele era “fraca” e demonstraria subserviência a Marconi. Em seguida, ela sugeriu uma mudança: para constranger o governador, que Vanderlan deixasse bem claro que o aproveitamento das propostas deveria ser feito através de Jorcelino Braga, inimigo pessoal de Marconi e coordenador do “plano de metas” de Vanderlan – não existe a menor condição de diálogo entre Braga e o tucano.

Atarantado, Vanderlan acatou o palpite de Fabiana (com o mau resultado na eleição, ele ficou à beira da depressão e, segundo amigos, se fragilizou, pois considerava haver recebido sinalização divina de que estaria no 2º turno e seria o vencedor). Minutos depois, a jornalista postou a informação no seu blog. No dia seguinte, em O Popular, a notícia de que Vanderlan decidira optar pela neutralidade no 2º turno foi ofuscada pela declaração que remetia a incorporação das propostas do empresário a Braga. Lógico, em matéria assinada por… Fabiana Pulcineli.

Para Vanderlan, que caiu em um conto do vigário, o prejuízo foi enorme. Em troca de uma picuinha, ele perdeu o reconhecimento de que o seu “plano de metas” não seria de araque, como foi duramente criticado durante a campanha, e poderia representar uma valiosa contribuição para o Estado – algo que, em embates futuros, poderia ser contabilizado a seu favor.