quarta-feira , 24 abril 2024
Goiás

Ministério Público inocenta Marconi no caso Cachoeira. “Página virada”, diz governador

O governador Marconi Perillo comentou nesta terça-feira a decisão do Conselho Superior do Ministério Público que arquivou, por ausência de provas, procedimento investigatório sobre supostas ligações dele com o empresário Carlos Cachoeira. O inquérito foi instaurado pelo Ministério Público, em 2012, por ato da Procuradoria Geral de Justiça.

Na época, a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, para investigar as ramificações de um esquema de videoloterias no Estado. Como o governador tem foro privilegiado, a investigação foi delegada pelo procurador geral de Justiça, Lauro Machado Nogueira, ao subprocurador geral, Spiridon Nicofotis Anyfantis, com base nos dados levantados pela Polícia Federal.

Por falta de provas, a procuradora Ana Cristina Ribeiro Peternella, deu parecer pelo arquivamento da investigação, submetido e aprovado pelo Conselho Superior do Ministério Público. Na coletiva, o governador disse que já esperava tal decisão, não sendo para ele “surpresa”. Marconi ressaltou que trata-se da manifestação de um órgão colegiado, que goza de grande credibilidade junto à população. Indagado sobre o comportamento dos adversários, durante o processo de investigação, ele disse que enxergou nisso um “total exagero”, uma vez que os fatos apurados deixaram claro sua inocência. Marconi afirmou que considera o assunto “página virada”. Por isso, só irá propor ações de indenização por dano moral se seus advogados entenderem que houve ofensas “muito graves” à sua honra. “Do contrário, darei esse assunto por encerrado”, acrescentou.

Para o governador, a decisão do Ministério Público de Goiás deverá repercutir no âmbito da investigação que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Embora, na visão de Marconi, a população goiana já tenha feito o julgamento das acusações, ao confiar a ele mais um mandato, é importante a reparação, porque houve “desproporcionalidade” entre a realidade dos fatos e a acusação que lhe foi atribuída. “Não há dúvida de que a CPI foi uma vindita pessoal do ex-presidente contra a minha pessoa”, afirmou, referindo-se ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Marconi observou que a resposta da população nas urnas foi importante, porque demonstrou o nível de confiança no governo. Ele disse ainda torcer para que a imprensa dê à decisão do Ministério Público os mesmos espaços que deu aos acusadores. “Estou feliz com esta decisão, porque representa, acima de tudo, justiça”, arrematou.