quinta-feira , 28 março 2024
GoiásImprensa

Cileide responde ao G24H e diz que o blog “inventa fatos para desmoralizar jornalistas”. Mas não explica o que profissionais de O Popular foram fazer nas pesquisas qualitativas do PMDB

Em seu artigo neste domingo em O Popular, a editora-chefe do jornal, Cileide Alves, manda uma resposta indireta ao Goiás 24 Horas ao reclamar de sites e blogs que atacam jornalistas e “inventam fatos para desmoralizar os profissionais”.

Nesta semana, o G24H descobriu e publicou que duas jornalistas de O Popular participaram da última campanha de Iris Rezende com palpites e orientação para ataques ao governador Marconi Perillo. Pelo menos uma dessas jornalistas assistiu a sessões de pesquisas qualitativas contratadas pelo PMDB. As duas discutiram os resultados com o marqueteiro Luiz Felipe Gabriel, dono do instituto Verus, que fez as pesquisas – pagas pela campanha de Iris, e suas conclusões foram usadas para definir a linha de ataque a Marconi, nos programas de televisão de Iris no 2º turno.

O Goiás 24 Horas recebeu informações seguras de que uma das jornalistas – justamente a que esteve nas sessões de pesquisas qualitativas do instituto Verus – foi a repórter política Fabiana Pulcineli.

Não se trata de invenção. É a pura verdade: duas jornalistas do maior, importante e pretensioso jornal do Estado, O Popular, esqueceram-se da ética e envolveram-se com a campanha de um dos candidatos nas últimas eleições. Pior: esse fato foi escondido dos leitores de O Popular. Em qualquer jornal que se leve a sério, no Brasil, a participação de um integrante da sua redação em ações de campanha eleitoral, secretamente, seria repudiada.

E por que se trata de um fato, do ponto de vista de ética jornalista, gravíssimo? Porque, além de não ser revelado para o leitor, o noticiário de O Popular foi orientado para reforçar a repercussão das peças de propaganda que a campanha de Iris produziu com base nas análises das duas jornalistas. Elas concluíram que as pesquisas indicavam que o governador Marconi Perillo seria visto como um político “autoritário” e “ditatorial”, o que levou o marketing do PMDB a colocar no ar o desenho animado do “rei mandão”. O Popular, seguidas vezes, abordou o assunto em reportagens e garantiu que o desenho animado havia se transformado em viral na internet – uma afirmação totalmente inverídica, que ainda hoje pode ser desmentida pela simples constatação do número de acessos nos vídeos do “rei mandão” no Youtube, na casa das 1.300 visualizações (quantitativo insuficiente para caracterizar um surto viral).

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