quinta-feira , 25 abril 2024
GoiásImprensa

Não é só o jornal impresso que está morrendo: quando se lê Fabiana Pulcineli nesta segunda, falando sobre assunto de uma semana atrás, o que se conclui é que o jornalismo também está agonizando

Nesta segunda-feira, em O Popular, o artigo da repórter política Fabiana Pulcineli requenta um assunto já esgotado, que não tem mais nenhuma novidade: a decisão do Supremo Tribunal Federal considerando inconstitucional a lei que criou o Simve – que permitiu a ampliação da tropa da Polícia Militar com voluntários egressos das Forças Armadas brasileiras.

A essa altura dos acontecimentos, a conversa já avançou e o que se pergunta, no momento, é sobre os caminhos que o Governo do Estado vai trilhar para manter nas ruas o contingente policial que era completado pelo Simve.

Quer dizer: em vez de analisar os fatos da política estadual e levantar teses esclarecedoras, a jornalista – que gosta de se apresentar como a mais importante de Goiás – volta os olhos para o passado. Como se sabe, no mundo da comunicação acelerada via internet, o que aconteceu há 30 minutos atrás já está envelhecido agora. Imagine, leitor, há uma semana… ?

Só que Fabiana Pulcineli não escreve sobre isso. Não. Ela gasta metade de um artigo que deveria ser de análise política reproduzindo trechos dos votos dos ministros do STF. Nada de novo. Não é à toa que,em todo o mundo, os jornais impressos entraram em crise. A cada dia, fecham-se as portas de muitos. Em Goiás, o próprio O Popular é um exemplo da decadência da imprensa escrita, com uma circulação que não cresce e a receita publicitária em queda contínua. Jovens, que constituem a maior camada da população, não leem jornais. Ler para quê, se a internet e a cobertura das televisões disponibilizam todas as informações e visões em tempo real|?

Mas o que o artigo de Fabiana Pulcineli sugere é que o próprio jornalismo, tendo como via as páginas dos veículos de imprensa em papel, também está agonizando. Quem é que quer saber, hoje, do que já soube há dias e dias atrás? Ainda mais no tom professoral e azedo da moça de O Popular.

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