sábado , 20 abril 2024
Goiás

Em mais um triste capítulo da guerra pelo comando do PMDB, segurança do deputado PC Martins dispara arma dentro do diretório e quase atinge aliado de Iris e dona Iris

A guerra entre aliados de Iris Rezende e de Maguito Vilela pelo comando do PMDB de Goiás voltará a ser manchete nos jornais de amanhã, mas não no caderno de política. O espaço reservado ao maior partido de oposição em Goiás é a página policial.

O presidente nacional da Juventude do PMDB, Pablo Rezende, registrou boletim de ocorrência na noite desta quarta-feira em que acusa um segurança do deputado estadual Paulo Cézar Martins de disparar contra ele e um amigo, Victor Hipólito.

Ao repórter Alexandre Parrode, do jornal Opção, Pablo disse que a confusão começou quando o deputado tentou impedir integrantes da chapa do ex-prefeito de Bom Jardim Nailton Oliveira, candidato a presidente do PMDB, de ter acesso a documentos que comprovariam uma suposta fraude na assinatura de delegados do partido.

O deputado estadual teria chegado na sala e iniciado uma discussão. Pablo insistiu que iria levar os documentos e foi, então, que Paulo Cezar Martins teria perdido a calma, e “quebrado a sala inteira”, relata. “Victor começou a filmar tudo, Paulo Cezar mandou parar e saiu correndo atrás dele. Pegou e quebrou o celular. Eu parti para cima dele e, na confusão, o segurança atirou”, afirma.

OUTRO LADO
Ao Opção, o deputado estadual Paulo Cezar Martins nega veementemente que o tiro tenha sido disparado na direção de Pablo Rezende e que apenas se defendeu de agressões.

“Cheguei à sala onde estavam Pablo e Marcelo mexendo em documentos da eleição. Pedi aos dois que parassem, pois eles não tinham autorização, a pessoa responsável já não estava no local. Eles me ignoraram e continuaram. Insisti mais de seis vezes”, conta.

Foi então que o deputado desligou o computador de Pablo Rezende, que teria reagido. Segundo ele, Marcelo, que acompanhava Pablo, avançou em sua direção com uma cadeira. “Foi aí que eu vi documentos dentro da calça dele. Estavam levando documentos!”, alega.

Em meio à briga, o segurança de Paulo Cezar Martins, que estava fora da sala, ouviu a gritaria e atirou para cima com o único intuito de separar a confusão. “Vieram cinco para cima de mim, eu estava apanhando”.

O deputado reconheceu que tomou e quebrou o celular de um dos que acompanhavam o presidente da Juventude. “Eles estavam com documentos dentro da calça, não iriam fazer xerox, foram lá para roubar documentos”, garante.

Também na delegacia para fazer Boletim de Ocorrência sobre o caso, Paulo Cezar Martins diz que a ação foi comandada pela ex-deputada federal Dona Iris: “Ela está com medo de perder o poder. Mandou os jagunços dela lá para tentar inviabilizar as eleições”.

“Dona Iris está tentando manter o domínio do partido. Quer manter o ‘panelão’ do PMDB e nós estamos reagindo democraticamente. Ela quer ser candidata a senadora e está com medo de perder de novo”, desabafou.