sábado , 20 abril 2024
Goiás

Helvécio Cardoso: “Daniel Vilela está longe de ser um novo Marconi. Falta-lhe a pegada. Ser um rapagão bonito, com ares de bom moço, não cativará o eleitor”

Em longa análise publicada no Diário da Manhã nesta segunda-feira de carnaval, o comentarista Helvécio Cardoso duvida da propalada “renovação” do PMDB goiano a partir da eleição do deputado federal Daniel Vilela para presidente do diretório estadual do partido.

Segundo Helvécio Cardoso, peemedebistas que veem em Daniel Vilela a encarnação do “novo na política” estão apenas assimilando um conceito um tanto vago criado por marqueteiros sem criatividade: “Alguns acreditam que ele possa repetir a façanha de Marconi Perillo em 1998. Um rapagão bonito, com ares de bom rapaz, que cativará o eleitor goiano. Pode ser. Mas será acidental. Fenômenos como a vitória de Marconi em 1998 não se repetem, necessariamente, a cada vinte anos. Daniel, de resto, está muito longe de ser um novo Marconi. Falta-lhe aquele ‘punch’, aquela agressividade que Marconi sempre exibiu como seu estilo de fazer política. Bom mocismo não é o bastante para vencer eleição”, escreve o comentarista.

Para ele, a vitória de Daniel Vilela na eleição interna do PMDB “certamente está longe de uma renovação”. Helvécio Cardoso explica: “Renovação em que sentido? Se a presidência da Comissão Executiva do partido é ocupada por um político jovem, isto seria, necessariamente, renovação? Se este for o critério, a reposta é não. Antes do jovem Daniel chegar ao posto, outro político jovem, o então deputado estadual Samuel Belchior, também já tinha chegado à presidência do PMDB. E o que mudou? Nada”.