quinta-feira , 25 abril 2024
Goiás

Presidente do Conselho de Medicina denuncia: Maguito e Paulo Garcia querem pagar R$ 1,4 mil e R$ 2.100 aos médicos

O presidente do Conselho Regional de Medicina, Salomão Rodrigues, denunciou em matéria publicada em O Popular que os prefeitos Maguito Vilela (Aparecida de Goiânia) e Paulo Garcia (PT) anunciaram concursos para médicos com salários de R$ 1,2 mil, na cidade vizinha, e R$ 2.195,72, na Capital.

Essa é, segundo ele, uma das razões da falta de médicos na rede pública.

Classe pede plano de carreira nos municípios

14 de julho de 2013 (domingo)
O incremento de 4.789 médicos no intervalo de 12 anos em Goiás não foi suficiente para levar atendimento a todos os cantos do Estado. A concentração de profissionais, para o presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues Filho, deve-se a falta de estímulos. “Não há condições de trabalho. Cidades pequenas e periferias não têm a estrutura necessária ao exercício da Medicina. Tem também as questões salarial e trabalhista”, afirma Salomão.

O presidente do Cremego argumenta que as secretarias municipais de saúde não oferecem planos de carreira e salários dignos aos profissionais. Ele cita os editais dos concursos para médicos em Goiânia e Aparecida de Goiânia, ambos abertos no ano passado. Na capital, o salário oferecido foi de R$ 2.195,72 e na outra cidade foi de R$ 1,2 mil.

O presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Divino Alexandre da Silva (PMDB), nega que as prefeituras não ofereçam estabilidade e bons salários aos médicos. “Em Panamá, minha cidade, abrimos um edital que oferecia R$ 8 mil por mês além de todos os direitos e vantagens, como férias e 13° salário. Não houve interessados”, diz.

Divino Alexandre entende que as medidas adotadas pelo governo federal na semana passada são tentativas importantes de resolver o problema da saúde pública no Brasil. Na última segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff (PT) alterou o tempo do curso de Medicina, passando de seis para oito anos. O período adicional será obrigatoriamente usado para os formandos prestarem serviços no Sistema Único de Saúde (SUS).

A petista também anunciou o Programa Mais Médicos vai oferecer uma bolsa de R$ 10 mil para profissionais atuarem na atenção básica da rede pública de saúde, sob a supervisão de universidades federais. Brasileiros e estrangeiros poderão concorrer às vagas. “Há um clamor por saúde de mais qualidade no país. Não foram as mudanças ideais, mas foram as possíveis”, analisa Divino Alexandre. (A.M.)