quinta-feira , 18 abril 2024
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Fieg promove palestra de compliance para empresários goianos

“O mundo será dos eficientes. Ou as empresas mudam e promovem mudanças em suas estruturas, ou estão fora do jogo”. Com essa frase, o especialista Luiz Carlos Szymonowicz alertou empresários goianos para a importância da implantação de compliance nos negócios. A palestra *Compliance e Governança: Profissionalizando a Gestão da Empresa no Brasil e no Mundo*, realizada nesta quarta-feira (17/03) em ambiente on-line, foi promovida pelo Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) e Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fieg e contou com a participação de mais de 50 empresários.

Logo na abertura, o presidente da Fieg, *Sandro Mabel*, lembrou que o compliance é cada vez mais cobrado nos negócios e que a federação tem implantado ações internas nesse sentido, bem como incentivado as indústrias de Goiás a trilharem esse caminho. “Governança e compliance são importantíssimos”, frisou.

O presidente do CTComex, *Emílio Bittar*, reforçou o mesmo entendimento, ressaltando que não tem como internacionalizar empresas sem trazê-las para o compliance. “É uma exigência da globalização que traz enorme segurança comercial”, avaliou. Para o empresário, um dos melhores resultados alcançados com a implantação de novos processos é a desburocratização. “As mudanças promovem agilidade na operação”.

Durante mais de uma hora, o especialista em Direito Tributário e em Direito Empresarial *Luiz Carlos Szymonowicz* conversou com empresários que acompanhavam a live. No bate-papo, Szymonowicz elencou as vantagens das empresas que decidem implantar processos de compliance e como essa governança corporativa se traduz em redução de custos e riscos, melhora a performance e aumenta a competitividade do negócio.

“O pior risco é o desconhecido. Uma vez identificados os riscos, é possível prevê-los, tratá-los e, inclusive, transformá-los em oportunidades”, defendeu.

Segundo o especialista, o processo de compliance vai além de estar em conformidade com a lei e não é exclusivo das grandes empresas. “Vale pra todo mundo”, alertou, ao observar que, no caso de pequenos negócios, a complexidade é reduzida e é possível fazer em etapas. “É um processo perene, impossível de fazer tudo de uma só vez”.

Szymonowicz enfatizou que o mundo está ávido por bons projetos e por negócios com empresas que estejam dentro de regras de governança, que contemplem mulheres em seus conselhos de administração, que sigam protocolos de conformidade com a preservação ambiental. “É um movimento mundial, não só no Brasil. Quem é bom, fica e se consolida no mercado. Quem não estiver pronto para as mudanças, vai deixar de existir”.

O especialista alertou ainda que é indispensável o comprometimento da alta gestão da empresa para que o processo de compliance seja exitoso, ressaltando que é um procedimento que envolve uma mudança de cultura.

“As empresas temem expor suas informações com o compliance, mas é justamente o contrário. O processo promove o autoconhecimento da empresa, justamente para promover o sigilo e confidencialidade. É tratada a informação, mas não uma qualquer, e sim a melhor: a da empresa! Tudo com foco na melhoria da gestão e operação dos negócios”, concluiu.