quinta-feira , 28 março 2024
GoiásImprensa

Em editorial sobre os supersalários, O Popular diz que a folha da Prefeitura já deveria ter sido corrigida “há mais tempo”

Em editorial, nesta sexta-feira, O Popular aponta uma sucessão de denúncias sobre o pagamento de supersalários pela Prefeitura de Goiânia e conclui que a decisão de fazer uma auditoria externa na folha já “deveria ter sido determinada há mais tempo” pelo prefeito Paulo Garcia.

O Popular lembra que foi o jornal publicou há um mês a denúncia dos salários milionários na Comurg e que, agora, surgiram novos fatos, como o pagamento de salários para 35 servidores da Comdata, mesmo após a extinção da empresa.

A demora na correção do problema, segundo o jornal, está causando danos irreparáveis aos cofres da Prefeitura de Goiânia.

Veja o texto completo do editorial de O Popular:

 

Auditoria urgente

Revelações de supersalários feitas há um mês pelo POPULAR resultaram na decisão do Paço Municipal de aplicar o corte constitucional aos salários brutos que ultrapassam o valor pago ao prefeito.

Mas apenas um dia após noticiada essa medida, surgiu novo fato. Extinta desde 2011, a Companhia de Processamento de Dados do Município de Goiânia (Comdata) continua gastando mais de R$ 120 mil por mês com salários de 35 servidores. Além disso, há suspeita de pelo menos 12 casos de pagamentos em duplicidade.

Essa sequência de fatos reforça a necessidade urgente de auditoria na folha de pagamento do Município. Portanto, é bem-vindo o anúncio feito ontem pela Prefeitura de uma revisão completa dos salários dos funcionários ativos, inativos, comissionados e pensionistas da administração direta e indireta, que começará a ser feita já na próxima semana. É importante que uma auditoria independente faça um levantamento completo para sanar possíveis vícios e irregularidades. Os prejuízos já acumulados demonstram que tal apuração deveria ter sido determinada há mais tempo.

Esse tipo de situação ocorre com frequência na administração pública brasileira. Demora-se a corrigir equívocos e vícios e, quando se corrige, o que às vezes nem chega a acontecer, ficam para trás danos irreparáveis.