sábado , 20 abril 2024
Goiás

Goiás lidera geração de empregos no País em 2013. Isso é falta de gestão, Vanderlan?

Matéria do jornal O Popular deste sábado mostra que Goiás lidera a geração de empregos no País em 2013. No ano foram, criadas 80.861 vagas, aumento de 7% em relação a 2012. É o melhor resultado do País em termos relativos.

O boom de empregos em Goiás mostra que a política de atração de investimentos do governo Marconi Perillo e as parcerias com a iniciativa privada são um sucesso e derruba as críticas da oposição, em especial Vanderlan Cardoso, de que falta gestão ao Estado.

Se isso é falta de gestão…

Veja a matéria do jornal O Popular:

Goiás lidera geração de empregos no País em 2013

No ano, foram criadas 80.861 vagas, aumento de 7,03%, o melhor resultado do País em termos relativos

Embora com menos vigor que o registrado nos últimos anos, a geração de empregos no mês de agosto em Goiás (2.675 vagas), contribuiu para o Estado desbancar os demais e liderar, no acumulado do ano, o ranking de melhor resultado relativo de geração de postos de trabalho de todo o País.

Nos primeiros oito meses, foram criadas 80.861 novas vagas com carteira assinada, um crescimento de 7,03%, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. O tempero goiano está vinculado a uma série de fatores que beneficia a manutenção das contratações: incentivos e benefícios fiscais, composição de um forte parque industrial de produtos de primeira necessidade, além da posição geográfica.

Os incentivos do Programa Produzir possibilitam que as empresas e indústrias componham uma reserva de capital de giro, ampliando a competitividade em relação às indústrias instaladas em outros Estados. “Ao invés delas pagarem o ICMS integral, aproveitam 73% para fazerem capital de giro. Naturalmente, ganham competitividade exportando com menor custo”, diz o economista Welington Rodrigues.

Por se tratar de setores considerados de primeira necessidade, pontua, as indústrias farmacêuticas, alimentícias e cosméticas induzem o crescimento do Estado. Para ele, as classes C, D e E, vêm crescendo em renda e consumo e são pilares essenciais para fomentar a escala de produção. “Elas deixam de firmar outros compromissos, mas não deixam de consumir os produtos básicos. Então existe demanda”, explica Welington.

Câmbio

Ao mesmo tempo que indústrias que utilizam matérias-primas cotadas em dólar foram prejudicadas com a alta do câmbio nos últimos meses, Goiás, em termos gerais, é beneficiado com a elevação da moeda norte-americana.

Os carros-chefes do agronegócio goiano, milho e soja, acompanharam a ascendência do câmbio, gerando maior renda e emprego. “Ainda temos uma forte indústria de mineração no Estado, com volume de exportação que vem crescendo e aproveitando o momento”, analisa Welington.

O superintendente do Ministério do Trabalho em Goiás, Arquivaldo Bites, lembra ainda que muitas indústrias e empresas se instalam na região em busca de uma malha viária mais ampla, que permita um deslocamento melhor distribuído. “Temos levantamentos que apontam o interesse da implantação de novas indústrias na região, muitas por esse motivo”, diz. Prova dessa movimentação, pondera, é que há estimativa de que Goiás feche o ano com a criação de 100 mil novos postos de trabalho. Atualmente, o índice de desemprego local é de 5,7%.

Este baixo índice já é considerado um possível entrave para a expansão de criação de novas vagas. Arquivaldo acredita que já é baixa a quantidade de mão de obra disponível para alguns setores. “O crescimento vegetativo está inferior a quantidade de mão de obra necessária”, salienta.

Segmentos

O setor de serviços liderou o saldo de novos postos com carteira assinada no mês de agosto. Foram 2.273 vagas, seguido pelo comércio, com 1.572 contratações. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas), José Carlos Palma, o mês de agosto fecha um ciclo de contratações temporárias e período de experiência, visando investir no treinamento para o Natal.

“Como está difícil contratar pessoas experientes, são feitas avaliações nos meses de junho, julho e agosto para efetivar o profissional”, ressalta José Carlos. Em função disso, diz, a próxima pesquisa não deve apresentar números tão positivos.

Por outro lado, a agropecuária apontou saldo negativo de 1.492 vagas. Isso ocorreu, especialmente, em função da entressafra das culturas de milho e soja. “A expectativa é que haja reabsorção dessas vagas nos próximos meses, com o plantio da safra de verão”, diz o gerente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Edson Alves Novaes.