Veja matéria do Diário da Manhã sobre o novo secretário da Fazenda:
Um “trator” na Fazenda
José Taveira é o novo titular da Sefaz em substituição a Simão Cirineu. Troca já era esperada desde o início do ano
Diário da Manhã
Hélmiton Prateado
O economista José Taveira Rocha é o novo secretário da Fazenda de Goiás. Ele substitui Simão Cirineu, que irá para o escritório de representação de Goiás em Brasília. José Taveira, que já foi chamado de “Trator do Tempo Novo” por encarar os piores desafios com determinação, entra em “uma nova etapa” de sua carreira profissional, como salientou na cerimônia de posse.
A mudança era aguardada desde o início do ano, quando Cirineu manifestou sua intenção de retornar para Brasília e ficar próximo da família. José Taveira estava na presidência do Detran-GO desde o ano passado e recebeu o comunicado oficial do governador Marconi Perillo na manhã de quinta-feira.
Nos bastidores já era dada como certa a troca do Detran pela Sefaz, pois José Taveira vinha desenvolvendo estudos e tomando ciência da realidade fazendária de Goiás. Técnico experimentado em vários cargos, ele é especialista em macroeconomia e teve atuação destacada em reuniões preliminares para definir a mudança para a Fazenda.
Simão Cirineu agradeceu a colaboração dos servidores da Secretaria da Fazenda desde o início do governo em 2011 e pediu que todos prestem o mesmo apoio ao novo secretário. “A Sefaz tem excelentes quadros técnicos que representam um alento importante a qualquer um que assuma a função de comandar essa pasta. Sua ajuda será imprescindível para a continuidade do trabalho do novo secretário e temos a certeza de que isto terá continuidade”, frisou.
José Taveira lembrou que o governador Marconi Perillo lhe confiou a missão de “controlar e potencializar a arrecadação e conter os gastos” que ele tem. Ele rememorou os cargos que ocupou no governo desde 1999, primeiro ano do “Tempo Novo”, quando Marconi Perillo assumiu o poder pela primeira vez.
Destaque
José Taveira Rocha assumiu em janeiro de 1999 o cargo de liquidante da Caixego, a extinta Caixa Econômica do Estado de Goiás. Sua função era arrecadar o que fosse remanescente da massa liquidanda, pagar os credores que estivessem na fila e transferir o restante para o governo. O período e o cargo foram por demais nevrálgicos, pois estava em plena efervescência o “Escândalo Caixego”, rumoroso caso do desvio de R$ 5 milhões da Caixego para campanha eleitoral em 1998.
“Naquela função procurei desempenhar a máxima eficiência que pude e conseguimos transferir para o Tesouro Estadual a quantia de R$ 687 milhões em recursos. O equivalente a cinco meses de arrecadação do Estado na época”, explicou o novo secretário.
Cumulando com o cargo de liquidante, ele assumiu a diretoria de relações interinstitucionais do antigo Banco do Estado de Goiás (BEG), durante o período de transição do controle do banco para o governo federal e logo depois sua privatização, sendo vendido para o Banco Itaú. José Taveira foi assediado por muitos meses pela diretoria do Itaú para ocupar um cargo de relevância na instituição em São Paulo, com salário prometido de 10 vezes mais do que ganharia no governo e declinou do pedido.
Por determinação de Marconi Perillo assumiu a presidência da Goiás Fomento e atravessou todo o governo de Alcides Rodrigues no mesmo posto.
Com o retorno de Perillo ao governo, em 2011, José Taveira assumiu a presidência do Ipasgo com a missão de sanear o instituto. “Havia um déficit de R$ 12 milhões ao mês e uma dívida acumulada de quase R$ 500 milhões. Conseguimos deixar o instituto superavitário e saneado”, lembrou.
