sexta-feira , 19 abril 2024
Goiás

Cinco deputados já assinaram pedido de CPI para o Samuelgate, informa site do Jornal Opção

Veja matéria do Jornal Opção:

Túlio Isac começa a coletar assinaturas para a instauração da CPI da Operação Miquéias

Apesar de não ter havido sessão na Casa nesta quinta, o deputado já conseguiu o apoio de quatro parlamentares para a criação da comissão
Thiago Burigato

O deputado Túlio Isac (PSDB) começou na tarde desta quinta-feira (26/9) a coletar assinaturas para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as informações levantadas pela Polícia Federal durante a operação Miquéias. Por falta de quórum, não houve sessão na Assembleia nesta quinta. No entanto, os cinco deputados que foram à Casa assinaram o requerimento: José de Lima (PDT), Frederico Nascimento (PSD), Lincoln Tejota (PSD) e Bruno Peixto (PMDB), além do próprio Túlio Isac.

Os dados obtidos na investigação da PF revelam que os deputados estaduais Samuel Belchior e Daniel Vilela, além do deputado federal Leandro Vilela (todos do PMDB), estariam envolvidos com uma modelo que seria aliciadora de uma quadrilha especializada no desvio de recursos de fundos de pensão de Estados e municípios.

O deputado tucano quer saber, entre outras coisas, os valores que teriam sido desviados nas prefeituras goianas e quais são os políticos envolvidos com o esquema de fraude apontado pela operação. “Temos obrigação de ir a fundo”, afirmou.

São necessárias ao menos 14 assinaturas para que a CPI possa ser implantada. Isac revela que espera receber apoio, inclusive, da própria oposição. “Acho que posso contar com assinaturas. Assim, vamos poder descobrir quanto foi desviado das prefeituras e quais políticos estão envolvidos.” Segundo ele, os parlamentares e a população precisam saber quanto o Estado perdeu no que chama de “fundo podre”.

Na sessão na Assembleia desta terça-feira (24), Isac foi enfático ao dizer ao Jornal Opção Online que está levando o caso “para o lado pessoal”. Ele alfinetou o presidente estadual do PMDB que não esteve presente na sessão. “O mínimo que Belchior deveria ter feito é ter vindo aqui esclarecer isso diante de seus eleitores e do plenário”. Segundo o próprio deputado, ele não iria “pegar leve” ao tratar desse caso, já que não pegaram leve com o governador Marconi Perillo (PSDB) durante a operação Monte Carlo.