sexta-feira , 19 abril 2024
GoiásImprensa

Caso Samuel Belchior: houve lobby dentro de O Popular para amenizar a cobertura ou não?

A cobertura pífia que O Popular fez da Operação Miqueias, cujo principal envolvido é o deputado Samuel Belchior, presidente regional do PMDB, está despertando um verdadeiro debate nas redes sociais e, por que não, nas mesas dos principais botecos da cidade (aqueles frequentados por políticos e jornalistas, lógico).

Ninguém acredita que uma equipe aguerrida como a de O Popular e especialmente implicada com a classe política tenha simplesmente relegado um assunto como a Operação Miqueias ao segundo plano – o que, de algum modo, ajudou a aliviar a barra do deputado Samuel Belchior, que no final das contas acabou muito bem preservado nas páginas de O Popular.

Alguns erros cometidos nas (poucas) reportagens foram, coincidentemente, benéficos para o deputado peemedebista que chamava a “pastinha” Luciane Hoepers de “chefa”. Foram, digamos assim, erros a favor e nunca contra.

Dois deles: 1) Caio Salgado, interino da coluna Giro, publicou nota dizendo que Samuel foi apenas “citado” na Operação Miqueias e 2) Márcia Abreu, em matéria, escreveu que “a Polícia Federal descartou indiciar Samuel Belchior”.

Ambas as informações são tão falsas que o próprio O Popular, depois, foi obrigado a corrigi-las. Nesta segunda, no seu artigo, Fabiana Pulcineli também tratou de desfazer a a má impressão e confirmou que a Polícia Federal chegou até mesmo a pedir a prisão temporária do presidente estadual do PMDB.

Consta que o jornalista Caio Salgado já prestou (ainda presta?) serviços para a Redman Group, uma empresa de gestão de imagem que, no passado, o contratou e o encaminhou para assessorar… justamente o hoje enroladíssimo Samuel Belchior.

Não dá para acreditar que esse detalhe tenha tido alguma influência na cobertura do mais importante jornal do Estado sobre a Operação Miqueias e o principal político nela envolvido.

Ou que alguma empresa de gestão de imagem tenha influenciado o noticiário do POP.

Mas que a cobertura do POP teve um toque de estranheza, isso teve.