sexta-feira , 29 março 2024
Goiânia

Clécio Alves agora arrota coragem e desafia professores: “Quero ver eles invadirem o plenário novamente”

Veja matéria do Jornal Opção:

 

Greve na Educação

Clécio Alves: “Quero ver eles invadirem o plenário novamente”

Em entrevista coletiva, o presidente da Câmara Municipal afirmou que houve depredação do patrimônio público no período em que o local permaneceu ocupado pelos professores da rede municipal, e que os líderes do movimento terão que arcar com os prejuízos
Marcello Dantas/Jornal Opção

Depois de 13 dias funcionando como local de protesto, a Câmara dos Vereadores deveria voltar a todo vapor nesta terça-feira (22/10) – assim como os professores da rede municipal voltaram. No entanto, a sessão não aconteceu. De acordo com o presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB), não foi possível devido ao nível de depredação do plenário. “Os responsáveis vão ter que arcar com isso. Não sou eu que digo, é o Poder.”

Em entrevista coletiva na tarde dessa terça-feira (22) o presidente da Câmara Municipal apresentou os possíveis danos causados pelos professores e outros funcionários da rede municipal de educação, e sustentou que foi por esse motivo que não houve sessão. Segundo apuração de funcionários da Casa, foram 13 cabos arrebentados, 12 microfones, uma cadeira, uma mesa de vereador quebrados; uma cadeira riscada e o painel eletrônico, estimando em R$ 500 mil, quebrado. O presidente afirmou que a empresa responsável pelo equipamento, cuja sede está no Rio Grande do Sul, foi contactada para arrumá-lo.

De acordo com Clécio Alves, os próprios funcionários da Casa afirmaram que seria impossível haver uma sessão nesta terça-feira (22). “Não havia condições mínimas para a sessão acontecer”, sustentou. Segundo Clécio, a sessão também foi suspensa para averiguar exatamente o tamanho do prejuízo e cobrar posteriormente dos líderes do movimento. “Eu nem posso arcar com isso, senão posso ser até ser imputado do crime de improbidade administrativa”. A próxima sessão acontecerá nesta quarta-feira (23/10) com equipamentos improvisados. Foram 80 projetos que ficaram sem votar e 40 requerimentos durante o período de ocupação no plenário.

O professor de Educação Física da rede municipal e membro do comando de greve, Hugo Rincon, frisou que no momento da desocupação pediu para que a imprensa e alguns vereadores acompanhassem a desocupação. “Não fizemos vistorias quando entramos, mas garanto que entregamos da mesma forma que estava.”

Rincon sustentou que esta é “mais uma tentativa do Clécio Alves de destruir a imagem do movimento”. De acordo com ele, a categoria espera que os projetos sejam votados até a próxima semana. No entanto, segundo o presidente da Casa, os projetos ainda sequer chegaram à Câmara. “No acordo está que os projetos serão votados imediatamente”, pontuou o professor municipal.

De acordo com Hugo Rincon, se a Prefeitura “enrolar” a classe novamente, a greve irá voltar. “Espero que mais uma manobra do Clécio não se efetive. Dia 21 de novembro haverá uma assembleia, e os projetos deverão estar votados”, concluiu.

O presidente Clécio Alves, no entanto, afirma que não há uma possibilidade de outra invasão dos professores.“Quero ver eles invadirem o plenário novamente.” Quando avisado sofre o depoimento de um dos integrantes do comando de greve, de que se os projetos não forem votados eles voltarão a ficar de greve, o presidente sustenta: “Se isso acontecer, vamos tomar as providências necessárias. Mas não vamos ficar reféns de qualquer tipo de movimento”.

Projetos e sessões

O presidente da Câmara Municipal, Clécio Alves, afirmou que só haverá sessões extras se perceber a extrema necessidade. “Se precisar, tenho certeza que os vereadores entendem. Este ano tive que fazer duas sessões extraordinárias – das quais os vereadores não são pagos para comparecer – e eu não tive menos de 30 parlamentares presentes”.

Segundo Clécio, já receberam de forma oficial a solicitação do prefeito Paulo Garcia (PT) para que a Câmara aprove uma licença para que ele se ausente do país em uma viagem à Cingapura e Japão no período de 4 a 16 de novembro. Segundo assessoria, o prefeito irá participar do “Japan-LAC Business Fórum 2013” serão debatidas as tendências futuras da integração entre aquele país, a América Latina e o Caribe. Já em Cingapura, o objetivo é fazer uma visita técnica.

O presidente da Casa ainda frisa que sempre esteve presente em todas as sessões, do começo ao fim. “Sem desmerecer os outros, mas eu acho que não tem outro presidente que faça isso.” De acordo com ele, este é o seu trunfo quanto às outras Câmaras. “Essa Casa dá um exemplo que o Brasil todo deveria seguir”, conclui.

 

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