quinta-feira , 25 abril 2024
Goiânia

Popular denuncia que empresa vencedora de licitação fez doação a Denício Trindade. Será que tem coelho nesse mato, MP?

Em O Populara informação é de que uma das empresas doadoras da campanha do vereador Denício Trindade (PMDB), hoje secretário do Programa Macambira-Anicuns, da Prefeitura de Goiânia, ganhou a licitação e é a responsável pela construção de obras secundárias do projeto, no valor total de R$ 6 milhões.

Texto posiciona que Denício diz que não convidou a empresa para participar do processo e que, ao saber que a Engil havia ganhado a licitação, procurou a Procuradoria do Município para consultar sobre possíveis impedimentos. “O fato de a Engil ter ganhado foi apenas uma coincidência, já que a licitação é aberta a todos. Não sou ordenador do projeto, não fui eu quem fez a licitação”, alegou.

Veja matéria de O Popular:

Macambira-Anicuns

Empresa fez doação a secretário

Uma das empresas doadoras da campanha do vereador Denício Trindade (PMDB), hoje secretário do Programa Macambira-Anicuns, da Prefeitura de Goiânia, ganhou a licitação e é a responsável pela construção de obras secundárias do projeto, no valor total de R$ 6 milhões. A Engil Engenharia doou, no ano passado, cerca de R$ 100 mil em dinheiro para a campanha de Denício, além de combustível e assessoria jurídica. O secretário e a empresa negam que a relação tenha favorecido o processo licitatório.

Em maio deste ano a empresa participou de licitação para a construção de duas Unidade de Atenção Básica à Saúde Familiar (UABSF), nos Setores Rodoviário e são Francisco, e uma escola de tempo integral no Residencial Itamaracá. A Engil foi a única a dar lance no processo licitatório, que já havia sido aberto em 2011 e voltou a ser lançado em 2012, todas as vezes com processo esvaziado, sem interessados.

Denício foi empossado na Secretaria Extraordinária que cuida do Macambira-Anicuns em fevereiro deste ano e em março o processo licitatório voltou a ser aberto, novamente sem interessados. A Engil ganhou a licitação na quarta tentativa de licitação dos três lotes, que fazem parte de um pacote de obras secundárias do projeto.

A empresa alega que não participou da licitação nas oportunidades anteriores por estar envolvida em outras obras. “Estamos finalizando um grande projeto, com a construção de 1.400 unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. Vimos nesse novo projeto a oportunidade de aproveitar a mão-de-obra já contratada e que estava finalizando outro pacote de obras”, justificou o diretor-presidente da empresa, Fábio Isamu Yano.

Ele nega que a participação tenha qualquer relação com o fato de Denício ser titular da pasta que gerencia as obras. “Temos uma relação antiga com Denício, fizemos doação para a campanha dele, mas não há qualquer relação. Até porque a licitação não foi feita pela pasta dele, assim como o pagamento também não será pela mesma pasta”, disse. A Secretaria Municipal de Administração é responsável por quase todas as licitações da Prefeitura.

Denício diz que não convidou a empresa para participar do processo e que, ao saber que a Engil havia ganhado a licitação, procurou a Procuradoria do Município para consultar sobre possíveis impedimentos. “O fato de a Engil ter ganhado foi apenas uma coincidência, já que a licitação é aberta a todos. Não sou ordenador do projeto, não fui eu quem fez a licitação”, alegou. “Consultei a Procuradoria sobre o fato de eles terem sido doadores de minha campanha, justamente para não haver problemas, e fui informado de que não havia qualquer impeditivo”, explicou. A Engil pertence à família do ex-vereador Ricardo Yano, de quem o secretário foi chefe de gabinete, durante o mandato dele na Câmara.

Segundo o secretário, o contrato com a Engil para a construção das unidades foi homologado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financia o projeto Macambira-Anicuns. A empresa garantiu que o valor previsto na licitação é suficiente para a conclusão das obras e que não haverá necessidade de aditivos. “Fizemos os cálculos antes de participar do processo e o valor é suficiente”, garante Fábio. As obras já estão em andamento e devem ser entregues, de acordo com o edital, em oito a 10 meses após o seu início.

 

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