A maior demissão coletiva da história de Goiás e provavelmente uma das maiores da história do Brasil foi o “decretão” do então governador Iris Rezende, em 1983, quando mais de 20 mil funcionários públicos foram colocados no olho da rua com uma única canetada.
Só para registro: um dos demitidos foi o zootecnista da Emater, Jânio Darrot, que, para sobreviver, abriu uma confecção no fundo da sua casa, em Trindade, e construiu a partir daí a maior indústria de roupas do Centro-Oeste brasileiro.
Jânio, hoje, é um político bem sucedido, prefeito de Trindade e um dos nomes para a sucessão futura do governador Marconi Perillo, pelo PSDB.
Agora, a história pode se repetir. O PMDB anuncia na coluna Giro, de O Popular, neste sábado, que vai apresentar emenda ao projeto da reforma administrativa, decretando a demissão de 5 mil funcionários comissionados do Estado.
Os deputados estaduais que mais externam a vontade demissória do PMDB (“demissória”, essa palavra existe? mas dá pra entender, não dá?) são Daniel Vilela, filho de Maguito Vilela, prefeito de Aparecida e tradicional algoz do funcionalismo, e Bruno Peixoto, líder da bancada na Assembleia.
5 mil comissionados de uma vez só na rua.
É o “decretão” de Iris na versão da jovem guarda peemedebista.