quinta-feira , 25 abril 2024
Goiânia

Chamado de “Trayrone” pelos professores, Tayrone quer ser deputado federal. Ele terá os votos da categoria?

O vereador Tayrone quer ser deputado federal e vai disputar o pleito já no ano que vem. O petista é jornalista de formação, trabalhava com o prefeito Paulo Garcia, teve apoio de alas da Igreja Católica e acabou sendo eleito vereador.

Por ser minimamente articulado e jovem, Tayrone foi logo apontado como uma das possíveis revelações da Câmara. No entanto, essa previsão naufragou.

Ele não fez nada de diferente ou inovador, nem apresentou um discurso revigorado que transmitisse aspirações de um jovem recém chegado ao pantanoso meio político. O primeiro ano de legislatura de Tayrone é protocolar e com tendências para o negativo.

Ele preferiu ficar de escudo de Clécio Alves e também fazer a defesa cega de Paulo Garcia. Resultado: virou inimigo dos professores municipais – categoria que tinha por ele certa simpatia e o via como um representante na Câmara.

Não somos nós do blog 24Horas quem estamos inventando esta inimizade. Durante a ocupação do plenário, os professores trocaram o nome de Tayrone no letreiro da Câmara e ele virou “Trayrone” – uma referência a traíra (aquela pessoa que promete uma coisa e faz outra).

O vereador tem ambições grandiosas. Saltar de vereador direto para a Câmara Federal – sem passar pela Assembleia – é um voo pretensioso. E é direito dele querer voar.

Mas, ninguém voa sozinho. Ainda mais na política. Só o apoio do agora desgastado Paulo Garcia não será capaz de levar Tayrone para Brasília. Ele precisa de voto. E para quem está nessa briga duríssima, qualquer 500 votos são importantes demais.

E os professores municipais são cerca de 1.000, somam-se ainda filhos e parentes. É um colegiado importante que Tayrone pode ter jogado no lixo só para atender aos caprichos de Paulo Garcia.

Nem tudo está perdido. O vereador pode recuperar a simpatia da categoria. O problema é que Tayrone parece ter sido picado pela mesma mosca azul que picou Paulo Garcia e Clécio Alves. E essa mosca transmite uma enfermidade denominada de “falta de humildade”.

Tayrone até hoje não se desculpou com os professores. Pelo contrário. Ele fica posando de amigo da categoria e dizendo que sempre defendeu os interesses dos educadores. Mentira, Tayrone. Você foi um dos que votaram contra o auxílio locomoção de R$ 300 naquela fatídica votação que resultou na invasão do plenário da Câmara.

Outro sintoma da doença da mosca foi manifestado em entrevista ao Jornal Opção. Ao dizer que é candidato a deputado federal, Tayrone arrematou afirmando que pode surpreender e tirar alguns medalhões do páreo.

Calma, Tayrone. O calejado Rubens Otoni, seu colega de partido, obteve 171.382 votos para deputado federal em 2010, o que lhe rendeu a segunda posição entre os mais votados. Você, Tayrone, conquistou 5.987 votos em 2012.

Diferença grande né?

Humildade e cautela não fazem mal a ninguém, ainda mais na política, viu Tayrone?

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