quinta-feira , 25 abril 2024
Goiás

Retrospectiva: 2013 foi um ano para Vanderlan Cardoso esquecer

Está sendo muito difícil para todo mundo, mas 2013 foi um martírio para Vanderlan Cardoso (PSB). Ele viu que não é fácil disputar eleições muito menos manter a pose por muito tempo. A casa caiu em diversas oportunidades.

Na retrospectiva do Goiás 24 Horas, eis a completa demonstração de que Vanderlan está cara a cara com seu destino: jogar a toalha ou ir para uma possível e última derrota? Ou seja, tem que decidir urgentemente o que fazer antes que seja tarde demais.

2013 foi pior do que 2012, pois no ano anterior ele ainda teve um momento ‘up’ quando decidiu sair do PMDB e mostrar força. Mas e agora? Vai correr para onde?

Eis os ‘grandes’ (ou pequenos) momentos de Vanderlan em 2013.

1 – Partido esvaziado

Vanderlan Cardoso nem chegou ao poder, mas já traiu os aliados – caso de Ronaldo Caiado e PMDB. Isso é ruim e lembra muito a prática de Alcides Rodrigues, considerado traidor da base aliada e hoje principal parceiro e mentor de Vanderlan. Mas nada supera sua covardia com Ronaldo Caiado (DEM). Ele deixou Marina Silva (outra paraquedista do PSB) chegar e interferir numa possível aliança partidária dele com o deputado federal democrata. Caiado foi humilhado nacionalmente. E Vanderlan simplesmente deixou o rio correr seu caminho. Assim, em 2013, foi o ano em que Vanderlan traiu seu melhor amigo em detrimento de um projeto de poder. Resultado: chega fraquinho em 2014, sem tempo eleitoral e gente de substância para apoiá-lo.

2- Relações com gente estranha

Vanderlan não tem encontrado gente de boa índole para colocar no partido. Boa parte de seus aliados antigos ou atuais são aqueles que não passam no crivo do princípio da moralidade. Exemplo: Diorivan Pereira, ex-prefeito de Ouvidor, foi preso em Ituiutuba, Minas Gerais, portando uma arma e envolvido com um caminhão roubado. É um dos nomes do PSB para disputar as eleições. Que aliado, hem? E as ações de investigação que se passam em Senador Canedo envolvendo aliados?

3- Vaidade demais, projeto de menos

Em 2013, os bastidores políticos não perdoaram nem as mudanças de visual de Vanderlan. Quem vê, sabe: o homem investiu mais na beleza física do que em projetos para o estado. Mas a repaginação não tem surtido efeito. Cabelo certinho, tintura, um corte aqui outro ali, e nada de concreto para a população discutir quanto aos problemas de educação, saúde e transporte.

4- Tudo a perder

Vanderlan, em 2013, descobriu que está sendo vigiado pelo seu reduzido grupo de eleitores. Se disputar, e mais uma vez perder as eleições, ele será chamado de ‘derrotado’. E não é o mesmo caso de Lula, que tinha uma obstinação ingênua de ‘acabar com a fome’, com a miséria ou qualquer outra coisa. Sem currículo, Vanderlan não transmite tesão para a política. Um marqueteiro chegou a dizer ao Jornal Opção que ele corre o risco de pegar essa péssima imagem: “Se quer obter sucesso na política estadual, Vanderlan Cardoso tem de, primeiro, disputar mandato de deputado estadual ou federal ou então ocupar uma secretaria de peso no governo de Goiás. Se continuar disputando o governo, e sem uma estrutura ampla, vai se ‘consagrar’ como um eterno derrotado”.

5 – Sem estrutura, sem partidos, sem nada

A analista de política Fabiana Pulcinelli, de O Popular, acertou na mosca quando disse que de todos pré-candidatos, o pior era Vanderlan Cardoso: ela não tem estrutura, não tem partidos, não tem aliados, lista de candidatos competitivos, não tem estratégia e não tem projetos. O ano terminou e Vanderlan, se brincar, não tem nem partido. O PSB foi jogado no colo do empresário, mas ele ainda conseguiu a adesão da sigla aos seus interesses.
Recentemente o Jornal Opção disse que Vanderlan não tem sequer estrutura econômica para bancar uma disputa. Tá mals, hein..

6 – Sem noção

Devido aos poucos estudos e pesquisas mais profundas da realidade do seu próprio estado, Vanderlan respondeu no Facebook que não cabe a ele apontar soluções para o Estado, mas apenas criticar. É um erro estratégico sem tamanho criticar por criticar. Como não tem estudado os problemas de Goiás corretamente, Vanderlan não costuma falar coisa com coisa: faz críticas infundadas, muitas vezes.
O socialista disse que cem técnicos estão elaborando seu plano de governo. Uai, mas era ele que deveria, ao lado dos técnicos, elaborar tal estratégia de administração e não os outros, de forma delegada.
Em tempo: Vanderlan sequer divulgou até agora um detalhe de como pensa o Governo de Goiás. Será mesmo verdade que técnicos especializados estão debruçados em suas ideias de governo? Talvez este tenha sido o maior ‘mico’ (sem trocadilhos) do ano na disputa de 2014.

7 – Colou sua imagem na de Alcides Rodrigues

Essa foi demais: 2013 era o ano para Vanderlan definitivamente descolar sua imagem do pior governador de Goiás, inclusive processado pelo Ministério Público, mas fez o inverso. Vanderlan é Alcides, Alcides é Vanderlan. A dupla pode tornar-se a grande piada de 2014, quando começarem as recordações de que Alcides é taxado de ‘governador dos destilados’. Vanderlan tem em Alcides um dos seus ídolos. Agora, pergunta para ele como explicar isso? Alcides deixou até folha de funcionalismo atrasada.

8 – Senador Canedo desmorona em qualidade de vida

O único cartão de visitas de Vanderlan Cardoso é Senador Canedo, a cidade que ele governou. Mas em 2013 a cidade não saiu dos noticiários com inúmeros problemas, seja em acesso às escolas seja em saúde. A situação mais grave do município é a água. Muitas famílias ficam sem tomar banho por conta da maluquice do município, em tomar conta do sistema de saneamento.

9 – Os números desmentem Vanderlan

Coitado de Vanderlan. Apenas um argumento justificaria sua eleição: a de que Goiás regride nos segmentos de indústria – onde exatamente atua. Ou seja, ele seria o herói do setor empresarial para salvar o Estado. Mas acontece o contrário: Goiás, conforme todos os agregados econômicos, é um dos estados que mais cresce no Brasil. Basta consultar o IBGE. O segmento pretende investir cerca de R$ 28 bilhões nos próximos anos, enquanto Vanderlan optou em investir em Pernambuco milhares de reais – estado do presidenciável Eduardo Campos, do PSB, aliás, o partido de Vanderlan. Aliás, na campanha será perguntado: que motivos, afinal, o faz gerar mais empregos em Pernambuco e não em Goiás?

10 – Fiasco na rede

Vanderlan Cardoso fez mensagem de Natal para o Youtube e qualquer vídeos amador teve mais acessos do que as palavras do político que almeja disputar o Governo de Goiás. Há mais tempo em campanha que todos os demais pré-candidatos, esperava-se que Vanderlan seria ao menos um hit de internet. Fiasco total. Nas reuniões do partido, outro fiasco: geralmente o grupo é formado por cinco, dez gatos pingados.