sábado , 20 abril 2024
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Retrospectiva 2013: os ‘top dez’ de Júnior Friboi. O homem é um arraso e se tornou o rei da gafe

Os ‘top dez’ de Friboi em 2013: o homem é um arraso

Júnior Friboi precisaria de uma retrospectiva especial, tamanha as bolas foras que deu em 2013. Nem na trave teve. Mas o Goiás 24 horas vai se conter e listar apenas aquelas que achamos essenciais para revelar o que se passa na massa cinzenta do rei da carne.

Pré-candidato (ou candidato mesmo, burlando a legislação eleitoral) declarado ao governo de Goiás, Friboi (PMDB) é daqueles que gera vergonha alheia dos demais peemedebistas (pelo menos para os sensatos) por onde passa.

A cada entrevista, o homem se supera. Vamos aos erros marcantes de Friboi em 2013.

1 – Tocador de berrante
A se filiar no PMDB, na Assembleia Legislativa, Júnior Friboi optou em quebrar protocolos e constrangeu até mesmo o vice-presidente Michel Temer (PMDB), homem até educado e fino. Friboi tocou um berrante na frente dele. A cena constrangeu todo o partido e deixou muda a ala peemedebista irista, que não prestigiou o evento. Apesar de tanta concorrência com outros eventos e comportamentos, este é o TOP 1 de Friboi em 2013. É um dos caras mais sem noção do país… Por isso que o PMDB segue desunido para 2014.

2 – Chantagem como estratégia política

Ninguém dúvida que Friboi não pisa em ovos, mas os esmaga. A delicadeza nunca foi a prática do rei da carne. Mas uma das maiores bolas foras e quebras de protocolo da política foi chantagear o PT: se o PT não apoiá-lo ele vai atrás de DEM e PSB. Como assim? Friboi chegou há pouco tempo no grupo formado pelo PMDB e PT e já quer logo dar as cartas? Os petistas acharam um absurdo a falta de tato e noção do rei da carne. Começaram seriamente a pensar numa alternativa para não ter que apoiar o sem noção.

3 – A imposição Friboi

Na política pode tudo, ou quase tudo. Mas não pode, por exemplo, soar artificial, plantado, modificado ou adaptado apenas para uma eleição. O povo desconfia. E Friboi trocou de inúmeros partidos até chegar de cima para baixo dentro do PMDB.
O Governo Federal desrespeitou a soberania política goiana e impôs o rei da carne. É algo inédito em Goiás. Nem a eleição de Otávio Lage, em 1966, no período negro da ditadura foi assim. Friboi foi imposto a um dos maiores partidos de Goiás, tornando a legenda frágil e sem identificação com seu passado de combates. Além do mais, todo mundo sabe o motivo do PT-PMDB nacional ter imposto Friboi. E o leitor do Goiás24horas é esperto o bastante para imaginar…

4 – Nenhuma proposta

Júnior Friboi quer ser candidato sem apresentar nenhuma proposta factível ao Estado. Ao contrário, tem ideias atrasadas de administração pública, deixadas de lado ainda na metade do século passado. Acredita que tratar de leis ordinárias, organizar a estrutura administrativa e gerencial (e lidar com receitas e despesas de Estado) é o mesmo que cortar linguiça. Por onde passa, diz o que se dizia nos anos 1950: estado tem que ser tratado como empresa. Detalhe: elogiava Marconi Perillo por onde passava, mas agora quer a cadeira do poder executivo e critica.

5 – Abre mão de salário

Friboi testa todas as artimanhas populistas para ver se decola nas pesquisas. Chegou a dizer que abre mão do salário. Das duas, uma: ou estamos diante de um gênio da política ou alguém que não sabe o que fala. A investidura em cargo público gera uma relação contratual, um holerite, pagamento de previdência, imposto de renda, etc. O gestor público não abre mão de seu salário. Ele permanece lá na conta dele. Agora, Friboi, se eleito, deveria fazer o que bem entender com sua remuneração. Ficar falando é estratégia bocó de marketing, testando a inteligência do eleitorado goiano – que há muito não cai em lorotas populistas.

6 – Só fala em dinheiro
A entrevista que Júnior Friboi deu ao jornal ‘O Popular’ nesta segunda-feira é histórica. Vai para os anais do materialismo, da cobiça, da sagração do dinheiro. Inúmeras reflexões são voltadas para idolatrar a sua riqueza, como se ela fosse o fundamento da vida. Diga-se, a riqueza de Friboi não foi lapidada por ele, mas pelo pai. Na lógica, é comum uma análise comparativa. Responda a pergunta: sem o pai e a obstinação dele, Friboi seria rico? Ou ele é rico porque o pai tornou-se rico?
Quando perguntarem para Friboi se ele estudou, se tem currículo, alguma tese, não duvidem: ele vai falar é de dinheiro.

7 – Campanha publicitária subliminar

Friboi protagoniza uma das campanhas subliminares mais intensas na história da política brasileira. Sua empresa usa o artista de tevê Tony Ramos para enfiar goela abaixo do povo a propaganda-bordão “se é Friboi…”. Júnior Friboi está em todas as mídias do país, de revistas à TV, de rádios a portais de notícia. A campanha, todavia, virou um mico, tamanha a chatice. E o feitiço se voltou contra o feiticeiro: inúmeros memes de internet curtem com a presunçosa campanha da empresa de carne.

8 – Setor produtivo ignora sua campanha

Friboi não tem apoio do setor produtivo. O Fórum Empresarial o rejeita, até por que não enxerga nele um defensor do grupo. O melhor exemplo: a base política de Friboi defendeu o aumento do IPTU em Goiânia e o Fórum Empresarial foi contra. Além do mais, existe uma desconfiança no segmento de que Friboi conta com privilégios no Governo Federal, que abriu os cofres do BNDES para ele. O agronegócio o acusa de monopólio e suspeita que sua eleição possa piorar a relação dos pecuaristas com frigoríficos.

9 – Falta de articulação

Friboi tem tentando. Mas em vão: o ‘media training’ surte pouco efeito. Não raro, solta uma concordância incorreta, um termo equivocado, uma reflexão esdrúxula – como a ideia de acabar com concessão pública em transporte e botar só a iniciativa privada se engalfinhando. Falta ao pré-candidato inventividade, criatividade, leitura…

10 – Falta resposta convincente

As empresas de Friboi estão envolvidas em inúmeros processos e investigações cíveis e trabalhistas, que envolvem de tratamento degradante de trabalhador a casos de improbidade. No entanto, Friboi não consegue responder de forma satisfatória como pretende governar aplicando a experiência da JBS no estado. Com o estado sofrendo ação de exploração de trabalhador? Como assim, Friboi?