quinta-feira , 18 abril 2024
Goiás

Omissa, apagada e sem projetos. Afinal, o que faz Dona Iris no Congresso Nacional?

A deputada Iris Araújo custa cerca de R$ 6,6 milhões por ano aos brasileiros, segundo dados do Diap e da Transparência Brasil. Mas nos quase seis anos de mandato, a produção da parlamentar do PMDB de Goiás foi apagada, marcada pela omissão e sem projeto algum de relevância. Não se tem notícia também de recursos federais alocados pela deputada nos órgãos federais para o Estado nem mesmo de um discurso de peso com repercussão na mídia nacional ou local ou que nela tenha presidido uma comissão importante ou relatado um projeto relevante. Enfim, os mandatos da deputada peemedebistas não justificam a fortuna que os brasileiros e goianos gastam com ela.

O Congresso brasileiro é o que mais pesa no bolso da população na comparação com os Parlamentos de onze países. O mandato de cada um dos 513 deputados federais custa R$ 6,6 milhões por ano. Um parlamentar equivale ao gasto com 344 professores. São os parlamentares mais caros do mundo. Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior.

O mínimo que se espera de um deputado, principalmente com a votação expressiva que Iris Araújo obteve nas duas eleições, é que trabalhe para justificar este elevado gasto.

Mas não é o que acontece com Iris Araújo, que marca sua passagem pela Câmara dos Deputados pela omissão, falta de propostas e participação apagada. Conhecida pela vaidade e apego exagerado à autopromoção, se houvesse algo a apresentar isso estaria acontecendo pela imprensa. Não é o que se vê nos jornais, rádios e TVs. Iris Araújo só aparece com críticas vazias, nada de ação concreta.

 

Veja a que Dona Iris tem direito na Câmara dos Deputados

Subsídio mensal
R$ 16.500. Além dos 12 salários por ano e do 13º, cada deputado recebe o mesmo valor no início e no final de cada sessão legislativa, ou seja, 14º e 15º salários.

Verba de gabinete
R$ 60 mil, a partir de abril de 2008. Verba destinada ao pagamento dos funcionários de gabinete. Cada deputado tem direito a empregar de 5 a 25 pessoas em seu gabinete, mas com salários que não ultrapassem o somatório da verba e que não sejam inferiores ao mínimo.

Verba indenizatória
R$ 15 mil. Recursos para uso em gastos nos estados, com aluguel, gasolina, alimentação. O parlamentar tem que apresentar nota fiscal com os gastos e, se não usar toda a verba num determinado mês, acumula para o seguinte.

Auxílio-moradia
R$ 3 mil. Têm direito os deputados que não moram em apartamentos funcionais. O parlamentar tem que comprovar o gasto, apresentando notas de hotéis ou de imóveis que tenha alugado em Brasília.

Cota postal e telefônica
R$ 4.2687,55 para deputados, e R$ 5.513,09 para líderes e vice-líderes da Câmara, presidentes e vice-presidentes de comissões permanentes da Casa. A cota é mensal, mas, se não utilizada naquele mês, acumula para o seguinte.

Passagens aéreas
Verba variável, dependendo do estado pelo qual o deputado foi eleito. O valor mínimo é de R$ 4,3 mil (para os deputados eleitos pelo Distrito Federal) e máximo de R$ 16 mil, para os do Acre.

Gráfica
Cota de R$ 6 mil.

Jornais e revistas
Nos dias úteis, cada deputado recebe cinco publicações, entre jornais e revistas.