Sem nomes com força para vencer em 2014 e sem propostas, a oposição perdeu também a guerra virtual nas redes sociais.
É o que diz o jornalista Nilson Gomes, em análise publicada no jornal A Rede.
O jornalista é polêmico e conhecido por dizer o que pensa, sem papas na língua e não é chegado em bajulações.
Veja o que ele diz: “Na batalha de todas as postagens, se sobressai um vitorioso, o governador Marconi Perillo”.
Leia a íntegra da análise:
Oposição quer ganhar de Marconi, mas não apresenta alternativa de pessoas nem de propostas
Última atualização em Sexta, 02/08/2013 13:19h
Há uma verdadeira guerra travada nas redes sociais. Entre conservadores e progressistas. Religiosos e homossexuais. Governo e oposição. Enfim, Twitter, Facebook e Instagram são as novas ágoras. A praça pública, de tantas e tamanhas manifestações recentes, congrega menos que a internet. Na batalha de todas as postagens, se sobressai um vitorioso, o governador Marconi Perillo.
Marconi apanhou de todos os lados e rebateu também para todos os lados. Seu staff se mostrou aguerrido e enfrentou a tribo da oposição com as mesmas armas. A presidente Dilma Rousseff não contou com igual equipe. Diga-se o que quiser do governador e se ouvirá no mesmo tom. Não se sabe o efeito da estratégia nas urnas, mas na prática ela evitou um massacre. Mesmo no auge da CPMI do Cachoeira, Marconi não ficou isolado, inclusive durante seu depoimento aos deputados e senadores.
O triunfo virtual não representa, necessariamente, uma ascensão rumo ao quarto mandato nem significa que Marconi esteja correto no que diz e no que faz. Porém, se a oposição planejava derrotá-lo por antecipação, a tática naufragou. Se é que a oposição em Goiás planeja alguma coisa, algo ficou fora de sua pauta: a alternativa a Marconi. Não se elaborou um discurso para superar o de Marconi. Não se descobriu um político que unificasse as propostas e as pessoas para evitar nova vitória de Marconi. Enfim, a surra virtual caminha para se tornar uma sova na pele.
O Marconi que se previa aniquilado em 2012 foi o Anderson Silva do combate contra Chael Sonnen: aplicou um triângulo e saiu por cima nos últimos segundos do último round. A oposição que se anunciava vencedora em 2014 foi o Anderson Silva da luta contra Chris Weidman: brincou com o adversário e, em vez do cinturão no abdome, pode sair com o cinturão nas costas, em forma de chibatadas.
No MMA em que se transformaram as redes sociais, os defensores de Marconi cobram da oposição que apresente soluções para o Estado. E a oposição responde xingando o governador. Marconi pode até merecer as ofensas, mas o Estado merece mais que o xingatório. Blasfema-se contra o governo de Marconi, mas não se mostra à altura de sucedê-lo. Por isso, os índices divulgados nos últimos dias nada têm de surpreendentes. Os institutos locais encontrando mais eleitores querendo votar em Marconi que em qualquer opositor. O Ibope é o Ibope de sempre, mantendo a tradição de sempre errar e errar feio. E a ONU com suas estatísticas estranhas, em geral inexplicáveis, em geral frutos de autodeclaração, afirmando que a vida está uma maravilha e que o PSDB é o autor da maioria desse céu na terra. Como a oposição é desorganizada e não tem dados para contrapor sequer às pesquisas chinfrins, quanto mais às da ONU, seu único argumento é o travestido em dano à honra.
As eleições ainda estão longe, mas a guerra parece duplamente perdida. O jeito é preparar o lombo para mais uma sova e preparar o dicionário para mais palavrões, porque é assim que fazem os políticos despreparados.