O poder Legislativo, seja ele municipal, estadual ou federal, cria os seus Conselhos de Ética para analisar eventuais desvios de conduta.
O que acontece é que, quase sempre, em vez de julgar, os Conselhos servem de bunker para os políticos investigados.
Veja o que acontece na Câmara Municipal de Goiânia: lá, o Conselho de Ética, presidido pela líder do governo municipal, Célia Valadão (PMDB), é de mentirinha.
Como demonstrou reportagem publicada no jornal O Popular, nos últimos seis anos foram instalados seis processos.
Um – e apenas um – chegou aos trâmites finais.
Por coincidência, a vítima pertencia às fileiras da oposição: Santana Gomes (PSD), punido por “expor” o Legislativo no caso Cachoeira.
Há outros tantos processos contra vereadores do PT, PMDB e partidos da base – um deles contra a própria Célia. Mas eles continuam criando mofo na gaveta trancada à chave da presidente.