Os colombianos vão às urnas neste domingo (19) para escolher o próximo presidente, entre o candidato de esquerda Gustavo Petro, que promete profundas reformas sociais, e o empresário excêntrico Rodolfo Hernández, que encontrou terreno fértil na retórica anticorrupção apesar de enfrentar investigações de irregularidades.
Com pesquisas mostrando os candidatos em empate técnico, a eleição pode ser uma das mais acirradas da história recente da Colômbia.
Petro, ex-prefeito de Bogotá e atual senador, prometeu melhorar as condições sociais e econômicas de um país onde metade da população vive em alguma forma de pobreza.
“Petro é o presidente que a Colômbia precisa agora”, disse Nora Guevara, uma contadora de 48 anos de Bogotá que estava distribuindo panfletos para ele.
Ex-membro do movimento guerrilheiro M-19, Petro propôs uma ambiciosa reforma tributária de US$ 13,5 bilhões – equivalente a 5,5% do produto interno bruto da Colômbia – financiada por impostos mais altos sobre os mais ricos.
Hernández, um candidato surpresa no segundo turno, foi impulsionado por promessas anticorrupção, planos para encolher o governo e moradia para os pobres.
No entanto, ele enfrenta uma investigação da Procuradoria-Geral por supostamente intervir em uma licitação de coleta de lixo, quando era prefeito de Bucaramanga, para beneficiar uma empresa para a qual seu filho fazia lobby.
Hernández nega as acusações e apoiadores gostam de sua imagem anti-establishment.