Em 2007, o Estado foi sacudido por uma Operação Ouro Negro: o desvio de R$ 10 milhões dos cofres da prefeitura de Catalão na gestão do então prefeito Adib Elias. Rastejando entre as brejas na lei, o prefeito conseguiu voltar a prefeitura e agora quer lavar a sujeira do asfalto nas águas da Superintendência Municipal de Água e Esgoto (SAE).
O prefeito desafiou vereadores com ameaças, caso o projeto de venda da SAE não seja aprovado. Desconfiados, parlamentares locais dizem que a proposta do prefeito tem cheiro de ‘maracutaiua’. No momento em que se tem o capital aberto, há o direito, entre aspas, do acionista em obter lucro, o que é considerado como regra. Isto significa que um ‘grupo’ vai vender a água da cidade pelo preço que bem entender. O lucro garantido em determinados casos é sinônimo de falta de acesso de um número grande de pessoas à sobrevivência. Pois, água é vida. Ou seja, aposentadoria milionária para alguns espertalhões que querem garimpar na SAE ‘água em forma de ouro’.
Barragem
A barragem Idelvan Ferreira de Melo, grandiosa obra de captação de água para abastecimento público, foi construída na gestão do prefeito Jardel Sebba e tem capacidade suficiente para abastecer 3 cidades do tamanho de Catalão. Agora, Adib Elias, que nunca fez nada para acabar com a falta de água na cidade, quer vender a Barragem junto com a SAE. Tem caroço nesse mingau.
Ação Popular
O ex-vereador, professor Sousa Filho, faz parte da Ação Popular contra a a alienação da Superintendência Municipal de Água e Esgoto (SAE). O objetivo é chamar a atenção da justiça, pois “há certa ausência de algumas informações que envolvem a venda do bem, assim como ausência de audiências públicas para que a sociedade catalana possa participar dessa tomada de decisão que impactará diretamente em suas vidas, visto ser o bem público mais precioso do Município”, diz um trecho do documento.