Diz o ditado: “quando a esmola é demais o santo desconfia”. Como sempre, Caiado quis ser mais esperto que todo mundo e mandou um projeto a toque de caixa, com um relatório mixuruca de Jamil Calife (PP), onde os deputados governistas alardeavam uma gratificação urgente aos professores, que não poderia deixar de ser votada imediatamente, pois só assim esses ‘valorosos’ servidores receberiam no próximo pagamento o tal benefício. Que se passasse do dia 15 a gratificação seria adiada e assim os parlamentares da oposição que quisessem discutir o assunto estariam prejudicando os professores goianos.
Claro, a oposição desconfiou dessa ladainha, ainda mais vinda do governo Caiado que chicoteou a categoria com a data-base, que sacrifica os aposentados, e que não paga o piso integral.
O deputado Antônio Gomide (PT) quis saber porque o relator estava discriminando os professores das ‘bandas’ musicais. Bia de Lima (PT) perguntou sobre a gratificação dos professores de libras. O líder do governo, Wilde Cambão (PSD), informou que a gratificação seria apenas para quem cumprisse as “32 horas/aulas”.
A explicação do líder foi suficiente para a oposição pedir vistas, pois “Caiado aumentou a carga de trabalho, de 28 para 32 horas/aulas semanais, sem aumentar os salários dos professores, o caso foi parar na justiça e a decisão virá em fevereiro”, disse Bia de Lima. Ou seja, para não passar a vergonha de perder a ação, Caiado mandou o projeto em caráter de urgência para a Assembleia, assim poderia dizer que já estava pagando uma ‘gratificação’ aos professores. E este foi o motivo, senhores, por este projeto falho, discriminatório e capenga do governo.