Durante a discussão do projeto sobre a gratificação ‘capenga’ e ‘discriminatória’ que Caiado quer dar de qualquer jeito para professores que cumprem 32 horas/aulas semanais, nesta terça-feira (14) na Assembleia Legislativa, a deputado Bia de Lima (PT) disse é preciso garantir o benefício também para quem está de licença médica e lembrou que há uma batalha maior a ser travada: reformular a carreira e pagar o piso salarial dos professores, assunto ignorado pelo governo Caiado até hoje.
“É uma matéria que traz dois sentimentos: alívio, por amenizar os impactos que o aumento da carga-horária trouxe aos professores de Goiás, mas também preocupação. Isso porque não são todos os professores que terão direito à gratificação, são apenas os que trabalham em escolas que não são de tempo integral. Por que essa distinção? ”, perguntou, Bia.
A parlamentar defendeu os professores que trabalham, por exemplo, como intérpretes de Libras, desconsiderados pelo governo Caiado como ‘regentes’ e por isso descartados da gratificação. “É preciso abarcar a todos na regência e o líder do Governo se comprometeu nessa questão durante as discussões na Comissão Mista”, completou.
Piso dos professores
Bia cobrou uma atitude do governador Caiado para pagar o piso nacional dos professores. Sabichão, como é, o governador mandou tapar buracos e pintar paredes velhas de escolas estaduais e saiu dizendo que tem a melhor educação do Brasil. O que não é verdade. Bia de Lima lembrou que o governo jamais será o que diz ser, se não valorizar os professores.
“Como presidente do Sintego eu digo que a tarefa maior ainda está por vir. Reformar escolas é bacana, mas educação de qualidade se faz com profissionais qualificados e valorizados. Só conquistaremos isso com uma nova carreira, tema que iremos discutir com o Governo do Estado. Goiás é atualmente o penúltimo estado no ranking dos salários dos professores”, disse Bia de Lima.