Uma empresa israelense que oferece a candidatos “serviços” de invasão no Gmail e Telegram, uso em massa de perfis falsos nas redes sociais, criação de sites de fake news para manipulação da opinião pública, pode ter interferido em mais de 30 resultados nas eleições. A informação é do jornal The Guardian.
Três jornalistas da rede, disfarçados, conseguiram gravar o israelense Tal Hanan, um dos donos do esquema, explicando os serviços que também são ofertados ao setor privado para guerras comerciais. O empresário afirmou que nos últimos 20 anos, de 33 eleições onde sua “empresa” atuou, em 27 delas seus clientes foram “bem sucedidos”. Entre as regiões afetadas estão países da América do Sul, África, Europa.
Dos jornalistas disfarçados que se apresentaram como assessores de um político de país africado com interesse em adiar as eleições, Hanan quis cobrar entre 6 e 15 milhões de libras, aceitando pagamento em várias moedas, incluindo bitcoins.
Hanan contou aos repórteres sobre sua “máquina de blogger” – um sistema automatizado para criar sites que os perfis de mídia social controlados pelo Aims poderiam usar para espalhar notícias falsas pela internet. “Depois de criar credibilidade, o que você faz? Então você pode manipular ”, disse o isrelense, segundo os relatos do The Guardian.