Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), deixou seu aparelho de telefone nos Estados Unidos e não o entregou a PF para que fosse investigado, o que dificultou o trabalho da polícia. Porém, os agentes conseguiram acessar a nuvem, após obter autorização de prestadora de serviço do celular.
Como funciona? As operadoras de telefonia estão monitorando a sua localização 24 horas por dia. Quem possui um celular está constantemente compartilhando dados, e não necessariamente precisa estar conectado à internet para isso acontecer. Por exemplo, durante investigação criminal, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou que as operadoras de telefonia móvel mantivessem os registros de conexão e geolocalização dos indivíduos que participaram do ataque às instituições em Brasília.
Seja pelo fato de se conectar à internet por 3G/4G/LTE, ou simplesmente por usar nosso número de celular como meio de identificação e autenticação (como no login através do envio de tokens), nós estamos contribuindo para isso.
Qualquer aparelho celular está em constante comunicação com as torres de telefonia que estão no alcance. As Estações Rádio-Base (ERBs), como são chamadas essas torres, são espalhadas pela operadora de telefonia em todas as áreas que ela se propôs a levar cobertura, e cada uma em uma célula que cobre uma parte do território – daí o nome de telefonia celular.
Essas estações, que além da antena, possuem computador e espaço de armazenamento, são ligadas à central da operadora, que é quem organiza (e cobra) as ligações, mensagens e internet móvel, provendo conexão à rede mundial de computadores.
Fonte: Terra