O Ministério Público de Goiás denunciou quatorze pessoas, entre elas oito jogadores de futebol, por participarem de um esquema de manipulação de resultados em jogos da Série B de 2022, investigado pela operação “Penalidade Máxima”. A denúncia foi aceita pela Justiça na última quinta-feira (15). O chefe do esquema seria o empresário Bruno Lopez de Moura.
O objetivo da manipulação era cometer pênaltis no primeiro tempo dos jogos Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina e arrecadar cerca de R$ 2 milhões. O lateral Joseph do Tombense e o meia Mateusinho do Sampaio Corrêa cometeram penaltis em seus jogos, o esquema só não aconteceu no jogo do Vila Nova já que os jogadores Romário e Gabriel Domingos não atuaram. A denúncia ainda cita outros atletas do Sampaio Corrêa, que, segundo a investigação, de alguma forma participaram do esquema.
O inquérito teve início a partir de uma denúncia do presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, em novembro do ano passado, quando ele descobriu o envolvimento dos volantes Romário e Gabriel Domingos em um esquema sobre apostas. O dirigente coletou todas as informações possíveis, conversou com envolvidos, recolheu provas, repassou e fez a denúncia ao Ministério Público. Logo depois, Hugo demitiu Romário, mas manteve Gabriel Domingos, pois a princípio ele teria apenas emprestado a conta para Romário receber um sinal de R$ 10 mil.
No entanto, as investigações mostraram que Gabriel Domingos sabia do esquema e até teria aceitado fazer o pênalti, mas depois teria desistido. Em virtude das novas evidências o Vila Nova anunciou nesta sexta-feira anunciou a demissão do jogador.
Os jogadores denunciados são Romário (ex-Vila Nova), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã), Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR) e Joseph (Tombense). Todos eles foram denunciados pelo crime de corrupção em competições esportivas e podem pegar de dois a seis anos de cadeia e multa.