Nesta sexta-feira (17), o Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia emitiu mandados de prisão para o presidente russo, Vladimir Putin, e para a Comissária para os Direitos da Criança da Rússia, Alekseyevna Lvova-Belova, por crimes de guerra em áreas ocupadas na Ucrânia.
A Câmara de Pré-Julgamento II do TPI considerou que os dois acusados são responsáveis pelo crime de guerra de deportação ilegal de crianças de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.
O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, afirmou que a decisão é “histórica para a Ucrânia e todo o sistema de direito internacional”.
No entanto, a Rússia já havia alertado na terça-feira (13) que não reconhece o TPI em Haia e que não reconhece a jurisdição do tribunal.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que “nem outros membros da comunidade internacional se preocuparam em prestar atenção à destruição de infraestrutura civil e assassinatos de civis cometidos por nacionalistas ucranianos em Donbass”.
Ao G1, Uriã Fancelli, mestre em relações internacionais, disse que o mandado de prisão tem valor simbólico e Putin precisaria estar em um país signatário do acordo do TPI para ser preso na prática.