O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) deverá ser ouvido pela Polícia Federal e terá suas postagens, nas quais difamou parlamentares e ministros do STF, periciadas. A determinação é do ministro do STF, Alexandre de Moraes. O prazo dado à corporação é de 15 dias. A Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, foi ordenada a enviar as íntegras das publicações em até 2 horas, sob pena de multa de R$ 100 mil.
Na decisão, Moraes ressaltou que a liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para discursos de ódio, ameaças, agressões e atividades ilegais. Para ele, a análise preliminar das declarações revela a divulgação de fake news e insinuações de atos ilícitos por membros da Suprema Corte.
A ordem de Moraes foi baseada em uma representação criminal e notícia-crime apresentada pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), na qual se pede a abertura de inquérito para apurar crimes de difamação, calúnia e injúria, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e violência política.
As postagens de Gayer foram feitas após a reeleição de Rodrigo Pacheco como presidente do Senado Federal. “Nós não vamos esquecer. Em Goiás, Vanderlan Cardoso e Kajuru, dois vagabundos que viraram as costas para o povo em troca de comissão, não é não, Vanderlan? Eu tenho minhas convicções. Eu quero pegar a minha comissão, não é não, Vanderlan? Quero ver o senhor ser candidato a prefeito agora. Seja candidato a prefeito… O Kajuru já é uma caricatura. O Kajuru ninguém fala com ele, que ele é um doido varrido”, disparou à época.
