Um padre de Anápolis foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) a pagar uma indenização por danos morais ao médico obstetra Olímpio Barbosa de Moraes Filho. Luiz Carlos Lodi da Cruz chamou o profissional de “assassino” por ter realizado um aborto legal em uma criança, em 2020. A decisão foi proferida na última sexta-feira (17), três anos após o caso ter ocorrido.
Durante o julgamento, a defesa do padre afirmou que houve adulteração do conteúdo original, alegando que a palavra “assassino” teria sido substituída por “assassínio”. No entanto, o tribunal não acatou a alegação.
O juiz Adriano Mariano de Oliveira concluiu que, apesar da liberdade de expressão, não se pode imputar a outra pessoa comentários ofensivos que abalem sua imagem pessoal e profissional, baseados em temas polêmicos que dividem opiniões.
Como resultado, o padre foi condenado a pagar R$ 10 mil ao médico por danos morais e proibido de divulgar o caso. Caso não cumpra as medidas definidas, o religioso deverá pagar uma multa.