segunda-feira , 23 dezembro 2024
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“Caiado vendeu o Hospital do Servidor a preço de banana. O servidor não vai dar conta de pagar o Ipasgo”, diz Bia de Lima sobre projeto de Caiado

Durante a sessão plenária desta quinta-feira (23) a deputada Bia de Lima (PT) criticou a mudança do regime jurídico do Ipasgo. Segundo ela, ontem os sindicatos dos servidores foram surpreendidos com o chamado do Instituto para debater a nova figura jurídica que poderá se tornar o plano de saúde do Ipasgo.

Lima afirmou que está muito preocupada, porque a proposta já está pronta para ser apresentada à Assembleia legislativa de Goiás (Alego), para ser aprovada. “A gente tem 30 anos de serviço público e quando faz a coisa sem dialogar, é porque boa coisa nem sempre é”, afirmou.

Ela anunciou que nessa sexta-feira (24) vai acontecer uma audiência pública, na sede do Instituto, para discutir e conhecer a proposta.

A petista também alegou que a proposta é tornar o Ipasgo um Serviço Social Autônomo, que entre outras coisas, torna as referências vinculadas à Agência Nacional de Saúde, o que vai tornar obrigatórias, as correções anuais, tanto para os servidores, quanto para os agregados. “Só para se ter uma ideia foi feita a correção agora, de 18,32% relativa a quatro anos. Se estivesse ligada à ANS, nós já teríamos, só ano passado, um reajuste de 15%. E aí nossos salários não acompanham, e é muito prejudicial isso, porque vai ter uma disparidade grande entre o que se paga para o servidor público e o que ele vai pagar para o plano de saúde”, alegou.

Segundo a parlamentar, as 600 mil vidas cuidadas pelo Ipasgo estão ameaçadas de ter que mudar para outros planos ou ir para o sistema Único de Saúde. E revelou que está pedindo acesso aos números e à proposta antes de ser enviada à Casa e que espera fazer essa discussão mais vezes.

Lima disse ainda que não está criticando a proposta, mas está extremamente preocupada, já que os servidores quase sempre são pegos de surpresa, como aconteceu com a venda do Hospital do Servidor Público, construído com o dinheiro do servidor público e vendido “a preço de banana”, sem autorização dos servidores.