O dinheiro dos servidores públicos foi torrado literalmente pelo governo Caiado em 2020 em uma novela, que no mínimo merece o olhar do Ministério Público: o Selo Ipasgo de Qualidade. O governador sabe do que estamos falando, e não gosta de ver o tapete levantado.
Em julho de 2020 o então presidente do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), Silvio Fernandes, apresentou o programa Selo Ipasgo de Qualidade, às entidades representantes dos hospitais e profissionais de saúde. A justificativa foi se adequar aos “padrões de acreditação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), organização não governamental criada com o objetivo de promover a implementação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde.”
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) foi contratado para desenvolver o certificado por uma quantia que chega a R$ 3 milhões de reais empenhados e pagos pelo governo Caiado. Porém, ninguém sabe explicar onde foi parar o resultado do serviço, o Selo. Nossa reportagem entrou em contato com o Ipasgo, com Hospitais, e a resposta é a mesma: Selo, que Selo?
Boa pergunta ao senhor Vinicius Luz, presidente do Instituto, que anda ocupado com o primeiro passo do governo para privatização do Ipasgo, ou no mínimo entregá-lo de mãos beijadas a uma Organização Social padrão Caiado de qualidade. Mas antes disso, essa história do Selo de Qualidade do Ipasgo precisa ser esclarecida de uma vez por todas.
Enviamos a pergunto ao Tribunal de Contas do Estado, que segundo uma fonte, guarda essa história sob sigilo. A mesma pergunta foi enviada ao Ministério Público de Goiás e ao Ipasgo. Em breve voltaremos ao assunto.