“O Ipasgo acabou de vender Hospital do Servidor, contra a vontade dos servidores, ao Estado. Por que comprar outro prédio para outro hospital para o Ipasgo?”
No dia 27 de outubro de 2022 a Conselheira Bia de Lima, hoje deputada estadual, interrompeu a reunião deliberativa do Ipasgo, com a pergunta acima e pediu vistas de um projeto apresentado em pauta extra pelo presidente Vinicius Luz. Depois disso ela nunca mais foi convocada, já que em breve assumiria sua cadeira na Assembleia Legislativa.
Nossa reportagem ouviu a deputada sobre o assunto. Ela se lembrou do assunto, a venda de um imóvel situado na rua S-5, quadra S 34, Lt-22/22, Setor Bela Vista, Goiânia/GO, para alocação de Unidades Policlínicas do Instituto (Ipasgo): “eu me lembro desse caso. Não sabia que o imóvel tinha algo haver com a empresa do marido da Juliana. Sei que nunca mais fui convocada para as reuniões do Conselho”, disse Bia.
Nossa reportagem buscou informações no Cartório sobre o prédio em questão, cuja negociação com o Ipasgo está na casa de R$ 13 milhões. Descobrimos que o prédio pertence ao grupo do Hospital Encore, fundado por Mauricio Prudente, marido da então procuradora-geral de Caiado, Juliana Prudente. Hoje o Encore pertence ao grupo Kora, que tem Mauricio Prudente como acionista e “garantidor’ da negociação.
Como todos sabem, uma negociação desse porte não nasce da noite para o dia. É cuidadosamente articulada. Vale lembrar, que dois meses antes dessa negociação com o Ipasgo, Mauricio Prudente se reuniu com o próprio governador Ronaldo Caiado (UB) e o CEO da Cora Saúde, Antônio Benjamim Neto em um jantar realizado no dia 8 de agosto de 2022 (foto acima).
O Goiás24Horas apurou com uma fonte, que nesse dia houve o sinal verde para a negociação entre Encore, Kora e a futura venda milionário de um prédio do grupo ao Ipasgo.
A candidata a desembargadora do TJ-GO, destinado à advocacia pelo quinto Constitucional, Juliana Prudente, assumiu absolutamente tudo no Ipasgo, tanto é que ela apareceu em todas as audiências e entrevistas recentes envolvendo a conversão do Instituto. Pergunta: tráfico de influência em Goiás é crime?