Um deputado da base governista, que pediu sigilo, confessou que acredita no tráfico de influência da então procuradora-geral de Caiado, Juliana Prudente, em uma negociata que envolve a venda de um prédio ao Ipasgo. Seguimos os acontecimentos na linha do tempo e concordamos: o marido de Juliana Prudente, provavelmente amarrou a negociação garantindo a venda do prédio ao Ipasgo, usando assim o dinheiro público para se beneficiar. Veja;
No dia 28 de julho de 2022 o grupo Kora Saúde, do Espírito Santo, comprou de forma integral o Centro de Cardiologia e Radiologia Intervencionista (CCRI), controlador do Hospital Encore, em Aparecida de Goiânia.
O Encore foi fundado pelo marido de Juliana Prudente, Mauricio Prudente, que na negociação converteu 20% (vinte por cento) das quotas do CCRI, a ele pertencentes, em participação de 3% (três porcento) do novo negócio, o Kora Saúde em Goiás.
O negocio da China, de Maurício Prudente, foi levado ao conhecimento de Caiado 4 dias depois. Corte para 1 de agosto de 2022. Os empresário Mauricio Prudente (Encore) e Antônio Benjamim (grupo Kora) ofereceram um jantar para Caiado; no cardápio: frutos do mar, champanhe, queijos e o Ipasgo.
Interessante, dois meses depois, no dia 27 de outubro de 2022, o presidente do Instituto, Vinicius Luz foi interrompido em sua reunião para atender um telefonema da procurador-geral de Caiado, Juliana Prudente. Segundo uma fonte, ele respondeu delicadamente que incluiria uma pauta extra na reunião, que atenderia o pedido de Caiado. A seguir, conforme consta em Ata, apresentou a compra de um imóvel situado na rua S-5, quadra S 34, Lt-22/22, Setor Bela Vista, Goiânia/GO, para alocação de Unidades Policlínicas do Instituto (Ipasgo). Valor da negociação: aproximadamente R$ 13 milhões. O prédio pertence ao grupo Encore/Kora, que tem como acionista Mauricio Prudente, marido de Juliana.
No dia 17 de novembro de 2022, o presidente do Conselho do Ipasgo, Nylo Sergio José Nogueira Junior convocou uma reunião para a compra do prédio. Vale a pena lembrar que o Instituto tinha acabado de vender, obrigatoriamente, o Hospital do Servidor para o governo Caiado. Por que comprar outro? A quem interessava a negociação? Cabe ao Ministério Público apurar.