Caiado é Robin Hood pelo avesso. O mítico herói do cerrado brasileiro que toma dos pobres e entrega tudo de mão beijada para a nobreza, leia-se “Organizações Sociais”.
Um amigo, publicitário renomado, afirmou dia desses em um café aqui em São Paulo, que as OSs são o calcanhar de Aquiles do governo Caiado. Realmente são. Todas as manobras na saúde se direcionam para beneficiar este ou aquele ‘compadre’, ora Agir, ora Guanaes…
Agora vem a bomba: desde 2022 o governo Caiado tem trabalhado silenciosamente para colocar uma Organização Social no Ipasgo. O trabalho investigativo do G24H apurou em um despacho da Secretária de Economia de Caiado, Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, que o contrato já tem até valor estipulado R$ 106,4 milhões. Nada neste governo é por acaso. O aumento em 18% das mensalidades agora, por exemplo, é uma tacada inicial para juntar mais dinheiro e entregar de mãos beijadas para uma OS. Mas quem está na ponta final da Organização Social? Dizem que o verdadeiro chefe do esquema, um ‘médico político’ está construindo um Hospital em São Paulo. Caiado poderia comentar sobre o caso.
Voltando ao Ipasgo: ao dizer, em entrevista coletiva, que o Instituto se tornará um “Serviço Social Autônomo Atípico”, a então procuradora-geral de Caiado, Juliana Prudente, demonstrava que a autarquia se tornaria um “Frankenstein institucional”.
Já explicamos aqui que serviço social autônomo (SSA) é uma entidade prima-irmã da organização social (OS), com leis, regulação e mecanismos de fiscalização praticamente idênticos. Mas SSA ‘atípico’ é tamanha aberração que nem Freud explica. Talvez seja um jeito de simplesmente falar “OS”.
Como o aval da própria Juliana e de toda uma malta de graúdos no governo Caiado, incluindo a secretária da fazenda e o presidente do Ipasgo, uma OS foi autorizada em caráter de ‘excepcionalidade’ para gerir a Policlínica Goiânia, da futura ‘OS’ que se tornará o IPASGO.
Pergunta que não quer calar: “quem é a OS da OS (SSA)?” Com a palavra, o Ministério Público.
Cristiano Silva
G24H