O dicionário define a palavra ‘maracutaia’ como: negócio escuso, manobra ilícita, traficância e falcatrua. Os adjetivos caem como luva na negocião obscura do aluguel de uma frota de ônibus elétricos para o Eixo Anhanguera, insistência do próprio Caiado, que por sua vez, é capaz de atacar violentamente quem cruzar seu caminho ou contestar o ‘negócio da China’ de R$ 1,5 bi.
A raiva de Caiado ao atacar a Enel, adjetivando a empresa como ‘organização criminosa’ e ‘máfia italiana’, não foi apenas um show histérico de xenofobia contra estrangeiros, no caso os italianos. Existe algo maior nessa história, uma jogada bilionária de carta marcada, com o endereço de um velho conhecido da Polícia Federal: o presidente da Agehab, irmão do secretário de Indústria e Comércio do Estado, presidente do PP e ‘parceiro’ de Caiado, Alexandre Baldy. Será que os dois estão juntos nessa? Uma apuração mais detalhada do Ministério Público poderá desvendar o caso.
Em uma série de três reportagens investigativas do G24H, você vai entender porque Caiado tem tanto interesse em alugar 114 ônibus elétricos para um Eixo-Anhanguera sem asfalto e energia elétrica suficientes para os veículos. Por que não comprar ônibus mais barato? Quem faz parte da negociação? Qual o tráfico de influência? O suspeito já caiu antes em uma maracutaia parecida? Voltaremos ao assunto.