Nesta segunda-feira (3), Caiado (UB) engoliu a velha bravata sobre ‘corruptos e corrupção’ e empossou como presidente da Agehab, Alexandre Baldy, preso em 2020 em uma Operação da Polícia Federal que apurava pagamento de vantagens indevidas em negociação de contratos na saúde em Goiás, de quando ele foi ministro das Cidades do ex-presidente Michel Temer (MDB).
A revista Veja mostrou na época que o esquema de corrupção que levou Baldy a cadeia era sofisticado, já que o repasse do dinheiro foi feito em caixas de gravatas da luxuosa grife francesa “Hermès” e entregue para Rodrigo Dias numa charutaria, no Itaim Bibi, em São Paulo, em 20 de outubro de 2018. Em fotos na denúncia do MPF, é possível ver bem o dinheiro camuflado nas caixas. As fotos foram encontradas no celular de Edson Giorno, um dos funcionários da organização social Pró-Saúde, envolvida no esquema de fraudes. Edson é um dos delatores dos crimes ao MPF. Cabia a ele facilitar a aproximação dos contatos com o núcleo político e com as entregas de valores.
Atualmente Baldy tem se apresentado como conselheiro da BYD, gigante chinesa dos ônibus elétricos, que está emplacando o aluguel de uma frota dos ônibus para o governo Caiado por R$ 1,5 bi, com a participação direta do próprio Baldy, que inclusive participou de uma reunião com o Secretário-Geral de Governo do governo Caiado, Adriano da Rocha Lima para tratar do Eixo-Anhanguera. Aliás, a negociação é apontada como tráfico de influência, já que o irmão de Baldy, Joel Braga é secretário de Indústria e Comércio de Caiado.