A justificativa de Caiado ao taxar o Agro não cola. Na pior das hipóteses, se fosse mesmo para compensar perdas do ICMS dos combustíveis durante o governo Bolsonaro, a famigerada taxação teria que valer apenas no período equivalente aos 8 meses em que houve redução. O que Caiado quer fazer? Criar uma taxa eterna para compensar poucos meses. Isso é malandragem.
Malandragem porque o Estado de Goiás receberá R$ 1,554 bilhão em acordo firmado entre o governo Federal e os Estados, para compensar as perdas de receitas geradas pela Lei Complementar 194, de junho de 2022. Ou seja, já existe compensação.
Afinal de contas, quantas compensações Caiado quer por esse maldito ICMS? Por quanto tempo? E, o que tem o Agro haver com isso?
Tem que Caiado enfiou na moleira que vai ferrar com os agricultores custe o que custar. Por isso vai ao supremo tentar reverter a decisão temporária do ministro Dias Toffoli, que suspendeu a cobrança da taxa em Goiás até que o plenário aprecie o pedido da Confederação Nacional da Indústria no próximo dia 14.
Na verdade Caiado quer criar um pano de fundo para sua incompetência. Governos anteriores nunca precisaram taxar o Agro para cuidar das rodovias.
Marconi Perillo pavimentou rodovias, reconstruiu as que estavam sem condições de tráfego, construiu hospitais, duplicou e iluminou todas as rodovias estaduais que dão acesso a Goiânia, construiu os Credeqs, o Centro Cultural Oscar Niemeyer, reformou os Estádios Olímpico e Serra Dourada, reconstruiu a pista do Autódromo, se for descrever o que foi feito em infraestrutura vamos precisar de tempo e espaço. O importante é: tudo isso sem precisar ferrar com o Agro, sem apertar ninguém.
Caiado, tenha humildade, procure o Marconi e peça ajuda. Ele vai te orientar como investir em infraestrutura sem taxar o Agro.
Cristiano Silva
G24H